quinta-feira, 26 de novembro de 2009


Se eu pudesse deixar algum presente a você,
deixaria aceso o sentimento de
amor à vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que nos
foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos,
como sinais para que não mais se
repetissem a capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito,
aquilo que é indispensável:
além do pão, o trabalho e a ação.
E, quando tudo mais faltasse,
para você eu deixaria, se pudesse, um segredo:
O de buscar no interior de sí mesmo a resposta para
encontrar a saída. (Gandhi)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009


As hierarquias angélicas no Cristianismo

Gustave Doré: Ilustração para a Divina Comédia, de Dante Alighieri: Paraíso, canto XXXI
Teto do Batistério de São João, em Florença, mostrando as hierarquias angélicasNo Cristianismo os anjos foram estudados de acordo com diversos sistemas de classificação em coros ou hierarquias angélicas. A mais influente de tais classificações foi estabelecida pelo Pseudo-Dionísio, o Areopagita entre os séculos IV e V, em seu livro De Coelesti Hierarchia.[1]

Dionísio foi um dos primeiros a propor um sistema organizado do estudo dos anjos e seus escritos tiveram muita influência, mas foi precedido por outros escritores, como São Clemente, Santo Ambrósio e São Jerônimo. Na Idade Média surgiram muitos outros esquemas, alguns baseados no do Areopagita, outros independentes, sugerindo uma hierarquia bastante diferente. Alguns autores acreditavam que apenas os anjos de classes inferiores interferiam nos assuntos humanos.

No Cristianismo a fonte primária ao estudo dos anjos são as citações bíblicas, embora existam apenas sugestões ambíguas para a construção de um sistema como ele se desenvolveu em tempos posteriores. Os anjos aparecem em vários momentos da história narrada na Bíblia,[2] como quando três anjos apareceram a Abraão.[3] Isaías fala de serafins;[4] outro anjo acompanhou Tobias; a Virgem Maria recebeu uma visita angélica na anunciação do futuro nascimento de Cristo,[5] e o próprio Jesus fala deles em vários momentos, como quando sofreu a tentação no deserto [6] e na cena do horto das oliveiras, quando um anjo lhe ofereceu o cálice da Paixão.[7] São Paulo faz alusão a cinco ordens de anjos.[8]

Tradições esotéricas cristãs também foram invocadas para se organizar um quadro mais exato. As classificações propostas na Idade Média são as seguintes:

São Clemente, em Constituições Apostólicas, século I:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Éons, 4. Hostes, 5. Potestades, 6. Autoridades, 7. Principados, 8. Tronos, 9. Arcanjos, 10. Anjos, 11. Dominações.
Santo Ambrósio, em Apologia do Profeta David, século IV:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Dominações, 4. Tronos, 5. Principados, 6. Potestades, 7. Virtudes, 8. Anjos, 9. Arcanjos.
São Jerônimo, século IV:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Potestades, 4. Dominações, 5. Tronos, 6. Arcanjos, 7. Anjos.
Pseudo-Dionísio, o Areopagita, em De Coelesti Hierarchia, c. século V:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Principados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
São Gregório Magno, em Homilia, século VI:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Principados, 6. Potestades, 7. Virtudes, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
Santo Isidoro de Sevilha, em Etymologiae, século VII:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Potestades, 4. Principados, 5. Virtudes, 6. Dominações, 7. Tronos, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
João de Damasco, em De Fide Orthodoxa, século VIII:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Potestades, 6. Autoridades (Virtudes), 7. Governantes (Principados), 8. Arcanjos, 9. Anjos.
São Tomás de Aquino, em Summa Theologica, (1225-1274):
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Principados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
Dante Alighieri, na Divina Comédia (1308-1321):
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Arcanjos, 8. Principados, 9. Anjos.
De todas estas ordenações a mais corrente, derivada do Pseudo-Dionísio e de Tomás de Aquino, divide os anjos em nove coros, agrupados em três trìades:

[editar] Primeira Tríade
A 1ª Ordem é composta pelos anjos mais próximos de Deus, que desempenham suas funções diante do Pai.

[editar] Serafins
Ver artigo principal: Serafim

Serafins rodeando o trono de Deus, em iluminura das Petites Heures de Jean de Berry século XIV
Criatura fantástica do tipo dos kerabu, proveniente de KhorsabadO nome serafim vem do hebreu saraf (שרף), e do grego, séraph, que significam "abrasar, queimar, consumir". Também foram chamados de ardentes ou de serpentes de fogo. É a ordem mais elevada da esfera mais alta. São os anjos mais próximos de Deus e emanam a essência divina em mais alto grau. Assistem ante o Trono de Deus e é seu privilégio estar unido a Deus de maneira mais íntima. Mantém a ordem do cosmo e são descritos em Isaías como cantando perpetuamente o louvor de Deus e tendo seis asas.

O Pseudo-Dionísio diz que sua natureza ígnea espelha a exuberância de sua atividade perpétua e infatigável, e sua capacidade de inflamar os anjos inferiores no cumprimento dos desígnios divinos, purificando-os com seu fogo e iluminando suas inteligências, destruindo toda sombra.[9] Pico della Mirandola fala deles em sua Oração sobre a Dignidade do Homem (1487) como incandescentes do fogo da caridade, e modelos da mais alta aspiração humana [10]

[editar] Querubins
Ver artigo principal: Querubim
Do hebreu כרוב - keruv, ou do plural כרובים - keruvim, os querubins são seres misteriosos, descritos tanto no Cristianismo como em tradições mais antigas às vezes mostrando formas híbridas de homem e animal. Os povos da Mesopotâmia tinham o nome karabu e suas variantes para denominar seres fantásticos com forma de touro alado de face humana, e a palavra significa em algumas daquelas línguas "poderoso", noutras "abençoado".

No Gênesis aparece um querubim como guardião do Jardim do Éden, expulsando Adão e Eva após o pecado original.[11] Ezequiel os descreve como guardiães do trono de Deus e diz que o ruflar de suas asas enchia todo o templo da divindade e se parecia com som de vozes humanas; a cada um estava ligada uma roda, e se moviam em todas as direções sem se voltar, pois possuíam quatro faces: leão, touro, águia e homem, e eram inteiramente cobertos de olhos, significando a sua onisciência.[12] Mas as imagens querubins que Moisés colocou sobre a Arca da Aliança tinham forma humana, embora com asas.[13]

São Jerônimo e Santo Agostinho interpretam seu nome como "plenitude de sabedoria e ciência". A partir do Renascimento passaram a ser representados muitas vezes como crianças pequenas dotadas de asas, chamados putti (meninos) em italiano. Têm o poder de conhecer e contemplar a Deus, e serem receptivos ao mais alto dom da luz e da verdade, à beleza e à sabedoria divinas em sua primeira manifestação. Estão cheio do amor divino e o derramam sobre os níveis abaixo deles.[14]

[editar] Tronos ou Ofanins
Ver artigo principal: Tronos
Os Tronos têm seu nome derivado do grego thronos, que significa "anciãos". São chamados também de erelins ou ofanins, ou algumas vezes de Sedes Dei (Trono de Deus), e são identificados com os 24 anciãos que perpetuamente se prostram diante de Deus e a Seus pés lançam suas coroas.[15] São os símbolos da autoridade divina e da humildade, e da perfeita pureza, livre de toda contaminação.[14]

Tradições esotéricas cristãs os identificam com os Senhores da Chama da Teosofia ou os Elohim na escola Rosacruz, elevados espíritos que trabalham para o desenvolvimento e iluminação da mente humana, agindo como guardiãos da humanidade.

[editar] Segunda Tríade
A 2ª Ordem é composta pelos Príncipes da Corte celestial, que operam junto aos governos gerais do universo.

[editar] Dominações
Ver artigo principal: Dominações
As Dominações ou Domínios (do latim dominationes) têm a função de regular as atividades dos anjos inferiores, distribuem aos outros anjos as funções e seus mistérios, e presidem os destinos das nações. Crê-se que as Dominações possuam uma forma humana alada de beleza inefável, e são descritos portando orbes de luz e cetros indicativos de seu poder de governo. Sua liderança também é afirmada na tradução do termo grego kuriotes, que significa "senhor", aplicado a esta classe de seres.

São anjos que auxiliam nas emergências ou conflitos que devem ser resolvidos logo. Também atuam como elementos de integração entre os mundos materiais e espirituais, embora raramente entrem em contato com as pessoas.

[editar] Virtudes
Ver artigo principal: Virtudes (anjos)
As Virtudes são os responsáveis pela manutenção do curso dos astros para que a ordem do universo seja preservada. Seu nome está associado ao grego dunamis, significando "poder" ou "força", e traduzido como "virtudes" em Efésios 1:21, e seus atributos são a pureza e a fortaleza. O Pseudo-Dionísio diz que eles possuem uma virilidade e poder inabaláveis, buscando sempre espelhar-se na fonte de todas as virtudes e as transmitindo aos seus inferiores.[14]

Orientam as pessoas sobre sua missão. São encarregados de eliminar os obstáculos que se opões ao cumprimento das ordens de Deus, afastando os anjos maus que assediam as nações para desviá-las de seu fim, e mantendo assim as criaturas e a ordem da Divina providência. Eles são particularmente importantes porque têm a capacidade de transmitir grande quantidade de energia divina. Imersas na força de Deus, as Virtudes derramam bênçãos do alto, freqüentemente na forma de milagres. São sempre associados com os heróis e aqueles que lutam em nome de Deus e da verdade. São chamados quando se necessita de coragem.

[editar] Potestades
Ver artigo principal: Potestades
As Potestades ou Potências são também chamados de "condutores da ordem sagrada". Executam as grandes ações que tocam no governo universal. Eles são os portadores da consciência de toda a humanidade, os encarregados da sua história e de sua memória coletiva, estando relacionados com o pensamento superior - ideais, ética, religião e filosofia, além da política em seu sentido abstrato.

Também são descritos como anjos guerreiros completamente fiéis a Deus. Seus atributos de organizadores e agentes do intelecto iluminado são enfatizados pelo Pseudo-Dionísio, e acrescenta que sua autoridade é baseada no espelhamento da ordem divina e não na tirania. Eles têm a capacidade de absorver e armazenar e transmitir o poder do plano divino, donde seus nome.[14]

Os anjos do nascimento e da morte pertencem a essa categoria. São também os guardiões dos animais.

[editar] Terceira Tríade
A 3ª Ordem é composta pelos anjos ministrantes, que são encarregados dos caminhos das nações e dos homens e estão mais intimamente ligados ao mundo material.

[editar] Principados
Ver artigo principal: Principados

Guido Reni: São Miguel, 1636
Fra Angelico; AnunciaçãoOs Principados, do latim principatus, são os anjos encarregados de receber as ordens das Dominações e Potestades e transmití-las aos reinos inferiores, e sua posição é representada simbolicamente pela coroa e cetro que usam. Guardam as cidades e os países. Protegem também a fauna e a flora. Como seu nome indica, estão revestidos de uma autoridade especial: são os que presidem os reinos, as províncias, e as dioceses, e velam pelo cultivo de sementes boas no campo das ideologias, da arte e da ciência.

[editar] Arcanjos
Ver artigo principal: Arcanjo
O nome de arcanjo vem do grego αρχάγγελος, arkangélos, que significa "anjo principal" ou "chefe", pela combinação de archō, o primeiro ou principal governante, e άγγελος, aggělǒs, que quer dizer "mensageiro". Este título é mencionado no Novo Testamento por duas vezes e a esta ordem pertencem os únicos anjos cujos nomes são conhecidos através da Bíblia: Miguel, Rafael e Gabriel. Miguel é especificamente citado como "O" arcanjo,[16] ao passo que, embora se presuma pela tradição que Gabriel também seja um arcanjo, não há referências sólidas a respeito. Rafael descreve a si mesmo como um dos sete que estão diante do Senhor,[17] classe de seres mencionada também no Apocalipse.[18]

Considerado canônico somente pela Igreja Ortodoxa da Etiópia, o Livro de Enoque fala de mais quatro arcanjos, Uriel, Ituriel, Amitiel e Baliel, responsáveis pela vigilância universal durante o perído dos Nefilim, os "anjos caídos". Contudo em fontes apócrifas estes são por vezes ditos como querubins. A igreja Ortodoxa faz de Uriel um arcanjo e o festeja com Rafael, Gabriel e Miguel na Synaxis de Miguel e os outros Poderes Incorpóreos, em 21 de novembro.[19]

Seu caráter de mensageiros, ou intermediários, é assinalada pelo seu papel de elo de ligação entre os Principados e os Anjos, interpretando e iluminando as ordens superiores para seus subordinados, além de inspirar misticamente as mentes e corações humanos para execução de atos de acordo com a vontade divina.[20] Atuam assim como arautos dos desígnios divinos, tanto para os Anjos como para os homens, como foi no caso de Gabriel na Anunciação a Maria. A cultura popular faz deles protetores dos bons relacionamentos, da sabedoria e dos estudos, e guerreiros contra as ações do Diabo.

[editar] Anjos
Os anjos são os seres angélicos mais próximos do reino humano, o último degrau da hierarquia angélica acima descrita e pertencentes à sua terceira tríade. A tradição hebraica, de onde nasceu a Bíblia, está cheia de alusões a seres celestiais identificados como anjos, e que ocasionalmente aparecem aos seres humanos trazendo ordens divinas. São citados em vários textos místicos judeus, especialmente nos ligados à tradição Merkabah. Na Bíblia são chamados de מלאך אלהים (mensageiros de Deus), מלאך יהוה (mensageiros do Senhor), בני אלוהים (filhos de Deus) e הקדושים (santos).[21] São dotados de vários poderes supernaturais, como o de se tornarem visíveis e invisíveis à vontade, voar, operar milagres diversos e consumir sacrifícios com seu toque de fogo. Feitos de luz e fogo [22][23] sua aparição é imediatamente reconhecida como de origem divina também por sua extraordinária beleza.

[editar] Os anjos em outras tradições
[editar] No Budismo e Hinduísmo
Ver artigo principal: Deva (budismo)
O Budismo e o Hinduísmo descrevem os anjos, ou devas, como os chamam, de maneira semelhante às outras religiões ocidentais. Seu nome deriva da raiz sânscrita div, que significa "brilhar", e seu nome significa, então, os "seres brilhantes" ou "autoluminosos". Dizem que alguns deles comem e bebem, e podem construir formas ilusórias para poderem se manifestar em planos de existência diferentes dos seus próprios. O Budismo estabelece uma categorização bastante completa para os seus devas, em grande parte herdada da tradição Hinduísta.

[editar] No Islamismo

Sultão Muhammad: A Mi'raj, ou Ascensão de Maomé, rodeado de anjos. Iluminura, c. 1650A angelologia islâmica é largamente devedora às tradições dos Zoroastrianismo, do Judaísmo e do Cristianismo primitivo, e divide os anjos em dois partidos principais, os bons, fiéis a Deus, e os maus, cujo chefe é Iblis ou Ash-Shaytan, privados da graça divina por terem se recusado a prestar homenagens a Adão..[24]

Por outro lado, existe também no Islamismo uma categorização hierárquica. Em primeiro lugar estão os quatro Tronos de Deus, com formas de leão, touro, águia e homem. Em seqüência, vêm o querubim, e logo os quatro arcanjos: Jibril ou Jabra'il, o revelador, intermediário entre Deus e os profetas e constante auxiliador de Maomé; Mikal ou Mika'il, o provedor, citado apenas uma vez no Corão (2:98) e quem, segundo a tradição, ficou tão horrorizado com a visão do inferno quando este foi criado que jamais pôde falar de novo; Izrail, o anjo da morte, uma criatura espantosa de dimensões cósmicas, quatro mil asas e um corpo formado de tantos olhos e línguas quantas são as pessoas da Terra, que se posta com um pé no sétimo céu e outro no limite entre o paraíso e o inferno; e Israfil, o anjo do julgamento, aquele que tocará a trombeta no Juízo Final; tem um corpo cheio de pelos e feitos de inumeráveis línguas e bocas, quatro asas e uma estatura que vai desde o trono de Deus até o sétimo céu.[25] Por fim, os demais anjos. Como uma classe à parte estão os gênios, ou djins, que possuem muitas características humanas, como a capacidade de se alimentar, propagar a espécie, e morrer, e cujo caráter é ambíguo.[26]

[editar] Os anjos no Espiritismo
Para o Espiritismo, doutrina que tem o Cristianismo por base e foi iniciada no século XIX por Allan Kardec, os anjos seriam os espíritos desencarnados que se comunicam com os vivos, encarnados.[27] Seriam, portanto, aqueles que trazem mensagens do mundo incorpóreo. Por este motivo seriam chamados de anjos, palavra que significa mensageiros, os quais aparecem inúmeras vezes nos textos sagrados de religiões judaico-cristãs, indicando a comunicabilidade entre vivos e mortos. Ainda segundo o Espiritismo, os anjos, em sua concepção mais comumente conhecida e aceita - criaturas perfeitas, a serviço direto de Deus - seriam os espíritos que já alcançaram a perfeição passível de ser alcançada pelas criaturas. Estes, ao fazê-lo, passariam a dedicar a sua existência a fazer cumprir a vontade de Deus na Criação, por serem capazes de compreendê-la completamente.

[editar] Visão teosófica

Anatomia esquemática do anjo patrono do santuário de Borobudur, Java, segundo indicações do teosofista Geoffrey Hodson em seu livro O Reino dos Deuses. Sua forma é na verdade esférica, com feixes de luz irradiante, e aqui se mostra em corte. Os círculos regulares concêntricos de sua aura indicam sua avançada evolução. Muitos detalhes foram omitidosA Teosofia admite a existência dos seres angélicos, e várias classes dentre eles, embora existam relativamente poucos estudos neste campo que as sistematizem profundamente, dos quais os de Charles Leadbeater e sobretudo Geoffrey Hodson são as fontes mais ricas e interessantes.

Charles Leadbeater diz que, sendo um dos muitos reinos da criação divina, o reino angélico também está, como os outros, sujeito à evolução, e que existem grandes diferenças em poder, sabedoria, amor e inteligência entre seus integrantes. Pelo mesmo motivo, o de constituírem um reino independente, com interesses e metas próprias, diz que os anjos não existem mormente em função dos homens e seus problemas, como reza a cultura popular, apesar de assistí-los de uma variedade imensa de formas, como por exemplo na ministração dos sacramentos das igrejas, na cura espiritual e corporal dos seres humanos, e na sua inspiração, encorajamento, proteção e instrução.[28][29] Mesmo que o reino angélico como um todo esteja envolvido em muitas tarefas que não dizem respeito ao homem, Leadbeater afirma em A Ciência dos Sacramentos que existe uma classe deles especialmente associada aos seres humanos, a dos anjos da guarda, na verdade uma espécie de silfos, à qual se confia uma pessoa por ocasião de seu batismo, e que por seu serviço conquistam a individualização, tornando-se serafins.[30]

Os anjos são descritos por Hodson como tendo uma atitude em relação a Deus completamente diversa da humana, não concebendo uma existência personalizada individual, mas sim uma consciência única central e ao mesmo tempo difusa e onipresente, de onde suas próprias consciências derivam e à qual estão inextrincavelmente ligadas. Sentem-se unidos a esta consciência e para eles não é possível, exatamente por esta unidade, experimentarem egoísmo, separatividade, desejo, possessividade, ódio, medo, revolta ou amargura. Apesar de serem essencialmente seres amorosos, seu amor é impessoal, sendo extremamente raras associações estreitas com quaisquer indivíduos. Em seus estudos Hodson os divide em quatro tipos principais, associados aos quatro elementos da filosofia antiga: terra, água, fogo e ar.

Hodson faz também uma associação dos anjos com a Árvore Sefirotal, derivada da tradição Cabalística, definindo dez ordens. Afirma que um dos aspectos do Logos é de natureza angélica e acrescenta que ao reino angélico pertencem os chamados espíritos da natureza. Muitos destas classes estão envolvidos em processos naturais básicos como a formação celular e cristalização mineral, sendo por isso de dimensões microscópicas, constituindo os primeiros degraus da sua longa evolução em direção aos anjos planetários e formas ainda mais grandiosas como os grandes arcanjos solares, de estatura verdadeiramente colossal, a ponto de poderem ser percebidos de pontos próximos à extremidade externa do sistema solar. Outros tipos são os silfos, as salamandras, as fadas, dríades, ondinas e os variados espíritos da natureza conhecidos desde a antigüidade em várias culturas. Suas descrições dão uma vívida idéia da importância destes seres na manutenção da ordem cósmica e na manifestação do universo desde sua origem insondável até as formas físicas, passando por todos os degraus intermédios. Em seu livro O Reino dos Deuses oferece uma série de ilustrações do aspecto dos vários tipos de anjos, diferindo radicalmente das tradicionais representações angélicas da cultura ocidental, e diz que apesar disso ambos, anjo e homem, derivam suas formas de um mesmo arquétipo.[31][32][33]

[editar] Na Astrologia
Algumas tradições astrológicas atribuem nomes para os anjos "embaixadores" dos planetas na Terra, responsáveis pela influência desses planetas na vida do homem. São eles:

Miguel: é o reitor do Sol
Gabriel: é o reitor da Lua
Rafael: é o reitor de Mercúrio
Uriel: é o reitor de Vênus
Samael: é o reitor de Marte
Zacariel: é o reitor de Júpiter
Orifiel: é o reitor de Saturno
Os anjos reitores de Urano, Netuno e de planetas-anões como Plutão e Éris geralmente não são mencionados por não serem planetas conhecidos desde a antigüidade. Alguns astrólogos propuseram o nome Ituriel para o anjo embaixador de Urano.

[editar] Anjos especiais

Bernhard Plockhorst: Anjo da guarda[editar] O Anjo da Guarda
Ver artigo principal: Anjos da Guarda
De entre os anjos da tradição cristã está o tipo do anjo da guarda, chamado fravashi pelos seguidores de Zoroastro, e ao anjo da guarda, como o nome diz, é confiada individualmente cada pessoa ao nascer, protegendo-a do mal até onde a ordem divina o permita, fortalencendo corpo e alma e inspirando-a à prática das boas ações.

[editar] O Anjo do Senhor
Na Bíblia, sobretudo no Antigo Testamento há várias menções à aparição do Anjo do Senhor. A expressão "Anjo do Senhor" causa curiosidade por tratar-se não apenas de mais um anjo e sim de um anjo específico, considerando a antecedência do artigo definido o.

De acordo com algumas posições teológicas, o Anjo do Senhor que fez vários contatos com personagens bíblicos, entre os quais Abraão, Hagar, Gideão, sendo aparições do próprio Deus e constituindo, portanto, uma espécie de teofania ou até mesmo uma cristofania.[34]

Também é conhecido como o Anjo da Presença, embora este termo tenha em certas filosofias um significado bem específico. O Anjo da Presença, segundo o pensamento gnóstico e cristão esotérico, não é um ser com vida própria, mas sim uma forma-pensamento que representa Cristo durante o sacramento da Eucaristia e é um veículo da Sua consciência e das Suas bênçãos.[35][36]

[editar] Lúcifer, o popular diabo
Ver artigo principal: Lúcifer
Segundo diversas tradições, Lúcifer seria um Querubim que se rebelou contra Deus.

Outros teólogos e alguns grupos cristãos como as Testemunhas de Jeova, afirmam que "a única referência a Lúcifer na Bíblia aplicava-se a Nabucodonosor, rei de Babilônia. E embora a arrogância dos governantes babilônicos realmente refletia a atitude de Satanás que também anseia ter poder e deseja colocar-se acima de Deus, a Bíblia não atribui claramente o nome Lúcifer a Satanás".[37]

sexta-feira, 6 de novembro de 2009


"O silêncio também fala, fala e muito! O silêncio pode falar mesmo quando as palavras falham."

Osho

Você pode sobreviver,mas sobrevivência não é vida.

Osho

"Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar....
Apesar de todas as conseqüências."

Osho

Estou aqui para dizer-lhes algo
que é absolutamente inacreditável:
que vocês são deuses e deusas.
Vocês se esqueceram disso.

Osho

Envelhecer, qualquer animal é capaz. Desenvolver-se é prerrogativa dos seres humanos. Somente uns poucos reivindicam esse direito.

Osho

Relacionamento significa algo completo, acabado, fechado. O amor nunca é um relacionamento: amor é relacionar-se - é sempre um rio fluindo, interminável."

Osho

"Assim como os picos cobertos de neves são bonitos,os cabelos brancos da velhice também,tem sua beleza. Não apenas beleza,mas sabedoria também,de que nenhum jovem pode se vangloriar"

Osho

Esqueça essa história de querer entender tudo.
Em vez disso, VIVA,
em vez disso, DIVIRTA-SE!
Não analise, CELEBRE!

Osho

“Sempre permaneça aventureiro.
Por nenhum momento se esqueça de que
a vida pertence aos que investigam.
Ela não pertence ao estático;
Ela pertence ao que flui.
Nunca se torne um reservatório,
sempre permaneça um rio.”

Osho

Torne-se comum e você será extraordinário; tente se tornar extraordinário e você continuará sendo comum.

Osho

quinta-feira, 5 de novembro de 2009


As Vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... O tempo passa... e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais!

Bob Marley

Dificil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.
Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer

Bob Marley

Os ventos que as vezes tiram
algo que amamos, são os
mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi
dado.Pois tudo aquilo que é
realmente nosso, nunca se vai
para sempre...

Bob Marley

A vida é para quem topa qualquer parada. Não para quem pára em qualquer topada.

Bob Marley

Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais

Bob Marley

Não viva para que a sua presença seja notada,
mas para que a sua falta seja sentida...

Bob Marley

Não ligo que me olhem da cabeça aos pés..porque nunca farão minha cabeça e nunca chegarão aos meus pés

Bob Marley

Em quanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos havera guerra.

Bob Marley

Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Porqe sua consciência é o que você é,e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles.

Bob Marley

Para que levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos.

Bob Marley

Se Deus criou as pessoas para amar, e as coisas para cuidar. Por que amamos as coisas e usamos as pessoas!

Bob Marley

Queria ser um baseado
Para nascer em seus dedos, morrer em seus lábios,
E fazer sua cabeça

Bob Marley

Se você obedece todas as regras, acaba perdendo a diversão.

Bob Marley

Os homens
pensam que possuem uma mente,
mas é a mente que os possui
Há pessoas que amam o poder,
e outras
que tem o poder de amar

Bob Marley

Deus me enviou à terra com uma missão. Só Ele pode me deter, os homens nunca poderão.

Bob Marley

Se a vida fosse bela, todo dia teria sol, todo mar teria onda, toda música seria reggae e toda fumaça faria a cabeça.

Bob Marley

Eu olho para dentro de mim, e não me importo com o que as pessoas fazem ou dizem eu me preocupo só com as coisas certas.

Bob Marley

Sou louco porque vivo em um mundo que não merece minha lucidez

Bob Marley

Não cruze os braços diante de uma dificuldade, pois o maior homem do mundo morreu de braços abertos!

Bob Marley

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O CAVALEIRO PRESO NA ARMADURA

Resumo escrito por:LUCIA_GOMES
Trata-se da estória de um cavaleiro que vivia, há muito tempo, num reino muito antigo, cujo maior orgulho era sua armadura que brilhava ao sol e concedia-lhe, pensava ele, uma imagem de herói, já que passava todo seu tempo a salvar donzelas e a praticar outros atos que ele considerava "de bravura". Dedicou-se tanto o nosso herói a tal empreendimento que descuidou-se de suas próprias vida e familia. Tanto, que acabou por ser abandonado pela esposa, desanimada por não conseguir sequer ver seu rosto, uma vez que a este ponto, a armadura já era parte do marido. Não a tirava para comer, dormir, para nada!
Vendo-se sozinho, resolveu mudar de vida, mas, para sua surpresa, não conseguia mais livrar-se daquele monte de ferros grudados em seu corpo.
Foi aconselhar-se com o Rei, que havia saída para uma Cruzada, mas encontrou Bolsalegre, o bobo da corte que o aconselhou a procuar o Mago Merlin, o único que tinha sabedoria para ajudá-lo a livrar-se daquele incômodo. Ao sair, teve que pedir desculpas a Bolsalegre, já que,devido à dificuldade de locomoção com a armadura,  pisou em seu pé com a pesada bota de ferro, e assim, vivia pedindo desculpas, porque esta sempre pisando em algumas pessoas, esbarrando e derrubando outras. Mas voltava sempre a pisar, derrubar e machucar pessoas.
Mas o Mago Merlin nunca tinha data certa para aparecer.
Desanimado, ele saiu em direção à floresta do mago, disposto a esperar por ele.
Certa manhã, já fraco pois mal conseguia se alimentar pelos furos do elmo que lhe cobria a face, quando finalmente deparou com o Mago e lhe disse que o procurava havia muito tempo. Felizmente para ele, estava fraco demais para fugir, pois segundo Merlin, para aprender não se pode fugir. E recebeu algumas tarefas que poriam a prova seu desejo de livrar-se da armadura e tornar-se feliz. Tais tarefas lançariam por terra toda sua arrogância, prepotência, preconceitos (não falava com os animaizinhos porque os considerava imbecis).
E foi assim que ele, obrigado humildemente a aceitar a ajuda de seus novos amigos animais, foi vencendo uma a uma, as tarefas impostas por Merlin. A cada tarefa, o sofrimento o fazia crescer um pouco mais. Passou por vários caminhos e castelos, os mesmos que normalmente todos temos que passar para nosso auto-conhecimento e crescimento , e que o levariam finalmente à liberdade e felicidade.

O CAVALEIRO PRESO NA ARMADURA Originalmente publicado no Shvoong: http://pt.shvoong.com/books/1746191-cavaleiro-preso-na-armadura/