quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

dia do palhaço

terça-feira, 8 de dezembro de 2009



1 - BREVE INTRÓITO

Não é nova a discussão sobre a aplicação de uma pena peculiar àqueles que cometem crimes contra a liberdade sexual, especialmente o que fossem praticados contra crianças e os que envolvessem motivações de ordem sexual contra elas.

Inicialmente, relembro que, em nosso país, as bases do direito penal advêm do direito canônico, com o crime se confundindo com a noção de pecado. Nosso sistema repressivo é inspirado no modelo imposto pela Santa Inquisição, no qual castigos corporais e tortura eram de utilização diária. Relembre-se ainda que tais práticas foram usadas até bem pouco tempo atrás, por durante trinta anos, quando a infligência de castigos dolorosos aplicados no corpo do cidadão era vista como algo normal dentro daquele contexto.

Não há nenhum absurdo em se afirmar que por mais que tenhamos consciência sobre o quão bárbaro é a aplicação de castigos dolorosos e a tortura no corpo do ser humano. A verdade é que tais práticas ainda estão arraigadas em nossa cultura e no nosso inconsciente coletivo, sendo mais do que corriqueiras a sua aplicação ainda nos dias de hoje.

Em se tratando de Brasil, o que temos visto quando se fala em castração química para criminosos sexuais e molestadores de crianças é o levante de certa parte da população a favor de tal medida. No entanto, o que causa espanto é saber que os que se levantam a favor não imaginam o que seja, exatamente, a castração química.

Os que ouviram falar em castração química imaginam tratar-se de castigo pavoroso e doloroso, sendo este o real motivo pelo qual afirmam que deve ser aplicado, ou seja, assumem, imaginando sê-lo doloroso, que o castigo deve ser aplicado com o caráter retributivo/vingativo da pena, a exemplo do que já tivemos em nosso ordenamento, a capação por esmagamento.

Não devemos nos olvidar que, em comunidades mais carentes (a exemplo do que ocorre em outros povos), onde o Estado não se faz presente, crimes sexuais cometidos contra crianças sofrem enorme repugnância ao ponto do estuprador acabar sendo linchado e morto, podendo assim ser explicada a percepção que ser castrado está dentro do que entende por ser uma vingança adequada.

A par disso, faz-se necessário contextualizar dois fatos que estão em voga na mídia internacional e que, aparentemente, não se relacionam à castração química: a guerra contra o terrorismo e a guerra contra a pedofilia.

Com relação à guerra contra o terrorismo, após os atentados em território americano em 11 de setembro de 2001, o que se viu foi uma desproporcional reação da máquina de guerra do "Tio Sam" contra vários povos e países. Desse contexto, pontualmente destaco os acontecimentos numa prisão iraquiana e os que ainda estão acontecendo em Guantanamo, bem como a aprovação do Patriot Act, a lei que restringiu inúmeros direitos e garantias do cidadão, inclusive na esfera processual penal.

A máquina de propaganda de guerra americana busca justificar seus atos contra seres humanos com o discurso que é preciso empregar todos os meios necessários contra o terror, ainda que se tenha que prender indevidamente e indeterminadamente, além de aplicar tratamento análogo à tortura aos suspeitos para que estes revelem seus partícipes e os planos de novos ataques, pois só assim é que é possível impedir que milhares de inocentes morram.

Com relação à pedofilia, o fato ganhou proporções gigantescas após o ano de 2000, com escândalo causado pela notícia do envolvimento de clérigos pertencentes à Cúria de Boston (EUA) e, mais recentemente, diversos casos ao redor da Itália, também envolvendo membros da Igreja.

Some-se a isso o fato que a Internet transformou-se no meio para a difusão de filmes e fotos contendo material que registra condutas que são tidas como atentatórias às crianças. Além do discurso sobre a tão propalada perda do controle sobre a marginalidade, vemos que está tomando corpo a voz daqueles que defendem a repressão de determinados crimes de forma considerada brutal no rompante de que "algo precisa a ser feito" e que "os fins justificam os meios".


--------------------------------------------------------------------------------

2 - O CASO BRASILEIRO

É nesse rompante, premido por um aparente estado de emergência, pela sensação que algo precisa ser feito, que o legislador busca fazer algo, muito embora seja nítido o total desconhecimento sobre o que seja a castração química.

Em 2002, o ilustre Deputado Wigberto Tartuce (PPB-DF) apresentou o Projeto de Lei nº 7.021 de 2002 propondo a modificação dos arts. 213 e 214 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal Brasileiro, fixando a pena de castração com recursos químicos para os crimes de estupro e atentado violento ao pudor, in verbis:

Art. 213. Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça:

Pena – castração, através da utilização de recursos químicos."

Art. 214 – Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal.

Pena – castração, através da utilização de recursos químicos."

O legislador, incorporando os apelos midiáticos que ecoam na imprensa mundial, busca justificar a abolição das penas restritivas de liberdade em substituição pela "castração, através de utilização de recursos químicos", nos seguintes termos, in verbis:

JUSTIFICAÇÃO

O abuso sexual, principalmente contra crianças e adolescentes, tem atingido proporções alarmantes, preocupando autoridades no mundo inteiro. Existem grupos criminosos atuando na exploração sexual a nível internacional.

Recentemente, no Estado da Califórnia (Costa Oeste dos Estado Unidos), a pena de castração química foi aventada como punição para os crimes sexuais.

É preciso que se tomem medidas drásticas e urgentes também no Brasil, pois a sociedade não pode mais ficar exposta a essas atrocidades, assistindo à violência sexual cometida contra mulheres, crianças e adolescentes de forma impune.

Neste sentido, a exemplo da solução apontada no Estado da Califórnia, conclamo meus ilustres Pares à aprovação desta proposição como contribuição desta Casa Legislativa no combate a esses crimes contra a liberdade sexual, considerados hediondos.

Sala das Sessões, em de de 2002.

Deputado Wigberto Tartuce

De início, veja-se que o Projeto de Lei não prevê, exatamente, qual a modalidade de castração química seria utilizada.

Em segundo, ao que parece, o legislador desconhece o fato que o estupro só pode ser cometido por homem, mas admite a mulher como co-autora. Então, a mulher também estaria sujeita à mesma pena? Em qual parte do corpo recairia a reprimenda no caso da co-autora, a mulher, uma vez que ela não tem pênis?

Como veremos à frente, o Projeto apresenta inúmeras imperfeições e parte de uma premissa errônea quando cita a Lei da Califórnia, pois naquele caso, a castração química é uma opção do apenado e não algo que lhe é imposto.

Uma outra premissa falsa esposada pelo legislador é tocante ao fato da impunidade dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Ao que parece, o legislador acredita que substituir a pena de reclusão, de seis a dez anos, para a qual ainda surgirá a agravante quando o crime for praticado contra criança (menor de 12 anos completos, segundo o art. 2º, caput, do ECA, L. nº 8.069/90), por medida que não importe o encarceramento do agente, tal qual ocorre com sua proposta onde será substituída pela "castração, através de utilização de recursos químicos" é, no mínimo, curiosa!

Teria sido proposital ou desconhecimento do legislador sobre a matéria?


--------------------------------------------------------------------------------

3 - A CASTRAÇÃO QUÍMICA NO MUNDO

A castração para os sex ofenders [01], especialmente para os child molestors, é tema polêmico que tem estado em voga na mídia mundial com muita freqüência e larga repercussão, especialmente nos últimos anos, com os casos envolvendo membros da Igreja Católica de Boston (EUA), na Itália, bem como os ocorridos em instituições educacionais, a exemplo do caso Casa Pia, Portugal, especialmente por que envolverem crianças em tenra idade e pessoas e instituições tidas como "acima de qualquer suspeita".

Como dito, a Internet também é responsável pelo tema estar na mídia, pois tem se verificado um sem número de ocorrências envolvendo pedófilos, seja uma simples troca de imagens, comércio de filmes com atos sexuais envolvendo crianças, o contato e aliciamento de crianças através das salas de bate-papo, blogs etc.; até mesmo o seqüestro e a escravização sexual engendrados com o emprego desse meio.

Alguns especialistas da área da psiquiatria esposam a tese que os tais impulsos sexuais anormais são devidos a problemas na formação de caráter do ofensor, traumas de infância, formas de criação etc. Outros defendem a tese de ser devido a doenças mentais ou psicopatias, chamadas de parafilias. Há ainda os que apontam para problemas e traumas da fase adulta enquanto que outros apontam para deficiências mentais incontornáveis.

Outros profissionais ligados à área da neuroquímica defendem a tese que o problema é químico e é devido à quantidade de hormônios masculinos acima do normal no organismo destes ofensores, em especial a testosterona.

Outros pesquisadores se referem aos distúrbios hormonais como causados pela ingestão de carne bovina, pois o impacto no organismo humano causado pela a larga utilização de hormônios na bovinocultura ainda não foi devidamente identificado.

Seja qual for a causa, de tempos em tempos, a mídia proporciona grande espaço aos extremistas defensores da castração com a remoção dos órgãos sexuais do indivíduo, a emasculação, grotesca mutilação que já houvera no passado.

Abrindo um parêntesis: enquanto a mídia (especialmente a Européia) combate a barbárie que ocorre em alguns países da África, onde mulheres têm seus clitóris extirpados em sangrenta e dolorosa cerimônia de iniciação, por outro lado abre espaço para uma minoria de radicais pregar que se faça similar barbárie com seu semelhante.

Por óbvio, a mídia sabe que as aberrações mundanas fazem muito bem à venda de jornais e à audiência das TVs.


--------------------------------------------------------------------------------

4 - A CASTRAÇÃO QUÍMICA EM BASES CIENTÍFICAS

A primeira proposta da castração química surgiu nos EUA [02] e seria realizada com a injeção de uma substância que destruiria as válvulas que controlam a entrada e saída do sangue nos corpos cavernosos do pênis, impedindo sua ereção.

Tal método de castração é irreversível, mas o sex ofender continuaria a ter os impulsos anormais de forma compulsiva, e, como argumentaram alguns, embora percam a capacidade de ter uma ereção, continuam tendo dedos, língua, boca – ressaltando que não é só com o emprego do pênis que se molesta alguém.

Após discussões e pesquisas na busca de uma a solução para a cessação dos impulsos sexuais compulsivos dos sex ofenders, concluiu-se que a remoção cirúrgica dos testículos, que são os responsáveis pela produção de 95% da testosterona, seria viável como solução [03], com a desvantagem de ser irreversível e acarretar inúmeros efeitos colaterais.

Por fim, modernamente, a castração química melhor aceita é a realizada com a aplicação do medicamento Depo-Provera, que inibe a produção de testosterona [04].

Estudos com o Depo-Provera (acetato de medroxyprogesterona), que é a versão sintética da progesterona, o hormônio feminino pró-gestação, demonstram que há uma redução do apetite sexual compulsivo dos sex ofenders e que seus efeitos colaterais compensam-se pelos benefícios.

Dentre os efeitos colaterais da aplicação do Depo-Provera está a ocorrência eventual de depressão, desenvolvimento de diabetes, fadiga crônica, alterações na coagulação sanguínea, dentre outros.

A despeito desses problemas, os defensores da castração exibem estatísticas interessantes: redução da reincidência de 75% para 2% dentre aqueles que foram submetidos ao tratamento.

Os pesquisadores argumentam que os child molestors passam o tempo na prisão preparando fantasias sexuais sórdidas que envolvem as crianças. Explicam que essas fantasias são traduzidas realidades quando o criminoso volta a ter contato com crianças que segue à inevitável liberação dele da prisão. Afirmam ainda que a prisão, simplesmente, produz os criminosos mais furtivos. Pedófilos não querem ser encarcerados novamente; assim, eles pensam em modos novos para estuprarcrianças evitando serem descobertos e presos novamente. A prisão aumenta tendências agressivas em pedófilos masculinos, enquanto a castração química se dirige para a raiz da causa do desvio sexual compulsivo.

A castração com o Depo-Provera não é, em tese, definitiva. O molestador tem que se apresentar sempre ao médico designado para continuar tomando as injeções no prazo indicado, sem as quais os testículos poderão, até mesmo, aumentar a produção de testosterona acima dos níveis anteriormente verificados e causar uma alteração em sua libido de forma mais intensa do que a originalmente verificada.


--------------------------------------------------------------------------------

5 - A CASTRAÇÃO QUÍMICA NA LEGISLAÇÃO PENAL DA CALIFÓRNIA (EUA)

Curiosamente, é nos EUA que mais tem aplicado a castração química. A curiosidade advém do fato dos EUA ter passado por um fenômeno de crescente encarceramento.

Loïc Wacquant [05] faz profunda análise sobre as relações entre criminalização e aumento da população carcerária nos EUA, cujo figure [06] já supera ordem dos dois milhões e duzentos mil prisioneiros, correspondendo 20% da população carcerária mundial, ressaltando que nos EUA uma entre cada trinta e sete pessoas responde a algum tipo de procedimento criminal.

As estatísticas oficiais Americanas utilizadas por Wacquant demonstram que paradoxalmente, houve acentuada queda, em números relativos, na ocorrência de alguns crimes, tais como: homicídio, lesões corporais, vias de fato, e roubo (de 550 incidências para 100.000 habitantes em 1975 para 300 por 100 mil em 1995); contudo a sensação de insegurança da sociedade aumentou tremendamente, terminando por demonstrar o íntimo relacionamento de tais fatos à industrialização do setor de justiça penal e de encarceramento, cuja privatização do setor carcerário criou poderosos sindicatos com tremendo poder político e econômico.

O Estado da Califórnia adotou a castração química, em 1997, através da modificação do art. 645 do seu Criminal Code, o qual reproduzimos, in verbis:

645 [07]. (a) Any person guilty of a first conviction of any offense specified in subdivision (c), where the victim has not attained 13 years of age, may, upon parole, undergo medroxyprogesterone acetate treatment or its chemical equivalent, in addition to any other punishment prescribed for that offense or any other provision of law, at the discretion of the court.

(b) Any person guilty of a second conviction of any offense specified in subdivision (c), where the victim has not attained 13 years of age, shall, upon parole, undergo medroxyprogesterone acetate treatment or its chemical equivalent, in addition to any other punishment prescribed for that offense or any other provision of law.

(c) This section shall apply to the following offenses:

(1) Subdivision (c) or (d) of Section 286.

(2) Paragraph (1) of subdivision (b) of Section 288.

(3) Subdivision (b) or (d) of Section 288a.

(4) Subdivision (a) or (j) of Section 289.

(d) The parolee shall begin medroxyprogesterone acetate treatment one week prior to his or her release from confinement in the state prison or other institution and shall continue treatments until the Department of Corrections demonstrates to the Board of Prison Terms that this treatment is no longer necessary.

(e) If a person voluntarily undergoes a permanent, surgical alternative to hormonal chemical treatment for sex offenders, he or she shall not be subject to this section.

(f) The Department of Corrections shall administer this section and implement the protocols required by this section. Nothing in the protocols shall require an employee of the Department of Corrections who is a physician and surgeon licensed pursuant to Chapter 5 (commencing with Section 2000) of Division 2 of the Business and Professions Code or the Osteopathic Initiative Act to participate against his or her will in the administration of the provisions of this section. These protocols shall include, but not be limited to, a requirement to inform the person about the effect of hormonal chemical treatment and any side effects that may result from it. A person subject to this section shall acknowledge the receipt of this information.

Pela lei californiana, aquele que for condenado por ter o molestado uma vítima maior de 13 anos, em liberdade condicional (parole), poderá submeter-se ao tratamento de castração. No caso de reincidência, será submetido. No caso do ofensor, voluntariamente, sujeitar-se à cirurgia de permanente remoção dos testículos, não necessitará submeter-se ao tratamento.

O tratamento poderá ser feito com o molestador em parole, ou seja, sob liberdade condicional, sendo necessário iniciá-lo uma semana antes de ganhar a liberdade, pois o medicamento faz efeitos rapidamente.

Vejamos que a Lei Californiana, na primeira violação, permite a opção pelo tratamento, impondo-o quando da segunda violação, excetuando-se o caso da vítima ser menor de 13 anos, quando, a exemplo da Lei Brasileira, a violência é presumida e o agente fica submetido à reclusão.

A Lei Californiana repercutiu em outros estados, a exemplo do Texas e atualmente está em discussão na Flórida [08]. Leis com dispositivos semelhantes já estão em vigor na Suécia, Itália e Alemanha.


--------------------------------------------------------------------------------

6 - CONCLUSÃO

Primeiramente, o tema deverá ser abordado pela sociedade e pela mídia de forma adequada - e não sensacionalista! - afinal, a castração química não é nenhuma aberração e embora possa parecer cruel, invasiva, atentatória à dignidade humana, esposamos da opinião que tratar determinados tipos de criminosos, ofensores sexuais compulsivos em especial, como doentes é um grande avanço no sentido de individualização e humanização da pena bem como na prevenção de novos crimes.

Muitos estudiosos do Direito Penal afirmam que o encarceramento é um erro histórico a ser corrigido. Nesse diapasão, como o encarceramento só deveria ser utilizado em último caso, a castração química mostra-se como solução viável a corrigir este erro em determinados casos.

Com relação ao Projeto de Lei brasileiro, não seria excesso afirmar que seu autor não faz idéia do que seja a castração química.

Ao cominar a castração com recursos químicos, deve o legislador precisar qual será este meio sob pena de violar o princípio da legalidade e a vedação de penas cruéis e perpétuas.

Há de se lembrar, como já dito, que muito embora o estupro seja propriamente cometido por homem, admite a co-autoria de mulher. Neste caso, ela seria castrada também?

Também não podemos perder de vista que há estupradores que se autodeterminam por motivos egoísticos e não neuroquímico. Pela hipótese brasileira, seria castrado também?

Veja-se que a Lei Californiana buscou individualizar a aplicação da castração com o caso em concreto, pois crimes contra os costumes podem ter diversas motivações que não a compulsão por determinado comportamento causado por excesso de hormônios.

O projeto de lei brasileiro em comento, então, viola o princípio da individualização da pena, pois penaliza de igual forma agentes com motivações diferentes, com graus de reprovabilidade diferentes.

Longe de ser uma unanimidade, dar opção ao apenado em ser tratado como doente ou como criminoso, submetendo-se a tratamento ou sendo submetido à pena na prisão, em determinados casos, parece-nos ser uma saída que maximiza os princípios da individualização da pena e da dignidade humana, mas há muito ainda a ser discutido.


--------------------------------------------------------------------------------

Notas

01 Agentes que comentem crimes contra a liberdade sexual, do qual molestadores de crianças ou pedófilos é uma espécie.

02 Informações disponíveis em , site da Clinic Criminology, acessado em 28/01/04

03 Informações disponíveis em , site da Association for the Treatment of Sexual Abusers, acessado em 28/01/04

04 Informações disponíveis em , site da Serendip, acessado em 28/01/04

05 Wacquant, Loïc. Discursos Sediciosos. Ano 7, número 11, 1º semestre de 2002. Rio de Janeiro: Revan, 2002 p. 7 e segs

06 A palavra inglesa figure é usada quando os números atingem valores expressivos, daí a manutenção dela no texto, pois dois milhões e duzentas mil pessoas encarceradas equivale a um terço da população da Suíça!

07 Sugerimos como tradução o texto que segue:

645. (a) Qualquer pessoa considerada culpada e condenada pela primeira vez por qualquer ofensa especificada na subdivisão (c), onde a vítima seja menor de 13 anos de idade, poderá, em liberdade condicional, ser submetida a tratamento com acetato de medroxyprogesterone ou sua substância química equivalente, além de qualquer outra pena prescrita para aquela ofensa ou qualquer outra prevista em lei, à discrição do tribunal.

(b) Qualquer pessoa considerada culpado e condenada pela segunda vez por qualquer ofensa especificada na subdivisão (c), onde a vítima seja menor de 13 anos de idade, deverá, em liberdade condicional, ser submetida a tratamento com acetato de medroxyprogesterone ou sua substância química equivalente, além de qualquer outra pena prescrita para aquela ofensa ou qualquer outra prevista em lei.

(c) Esta seção se aplicará às ofensas seguintes:

(1) subdivisão (c) ou (d) de Seção 286.

(2) parágrafo (1) de subdivisão (b) de Seção 288.

(3) subdivisão (b) ou (d) de Seção 288a.

(4) subdivisão (um) ou (j) de Seção 289.

(d) O preso sob liberdade condicional começará tratamento de acetato de medroxyprogesterone uma semana antes de sua liberação da prisão estatal ou outra instituição e continuará tratamento até o Departamento de Correções se manifestar ao Conselho de Condições de Prisão que este tratamento é desnecessário ser mais longo.

(e) Se uma pessoa submeter-se, voluntariamente, a alternativa cirúrgica permanente, não estará sujeito ao tratamento químico hormonal para ofensores sexuais previstos nesta seção.

(f) O Departamento de Correções administrará esta seção e implementará os protocolos requeridos por esta seção. Nenhum dos protocolos requererá um empregado do Departamento de Correções que não um médico e o cirurgião autorizou conforme o Capítulo 5 (começando com Seção 2000) da Divisão 2 do Código de Negócio e Profissões ou o Ato de Iniciativa Osteopático para participar contra o dele ou o testamento dela na administração das providências desta seção. Estes protocolos incluirão, mas não limitando-se, à exigência de informar a pessoa sobre o efeito de tratamento químico hormonal e qualquer efeito colateral que podem ser o resultado disto. Uma pessoa sujeita a esta seção acusará o recebimento desta informação.

08 Acompanhe em na seção law

quinta-feira, 26 de novembro de 2009


Se eu pudesse deixar algum presente a você,
deixaria aceso o sentimento de
amor à vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que nos
foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos,
como sinais para que não mais se
repetissem a capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito,
aquilo que é indispensável:
além do pão, o trabalho e a ação.
E, quando tudo mais faltasse,
para você eu deixaria, se pudesse, um segredo:
O de buscar no interior de sí mesmo a resposta para
encontrar a saída. (Gandhi)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009


As hierarquias angélicas no Cristianismo

Gustave Doré: Ilustração para a Divina Comédia, de Dante Alighieri: Paraíso, canto XXXI
Teto do Batistério de São João, em Florença, mostrando as hierarquias angélicasNo Cristianismo os anjos foram estudados de acordo com diversos sistemas de classificação em coros ou hierarquias angélicas. A mais influente de tais classificações foi estabelecida pelo Pseudo-Dionísio, o Areopagita entre os séculos IV e V, em seu livro De Coelesti Hierarchia.[1]

Dionísio foi um dos primeiros a propor um sistema organizado do estudo dos anjos e seus escritos tiveram muita influência, mas foi precedido por outros escritores, como São Clemente, Santo Ambrósio e São Jerônimo. Na Idade Média surgiram muitos outros esquemas, alguns baseados no do Areopagita, outros independentes, sugerindo uma hierarquia bastante diferente. Alguns autores acreditavam que apenas os anjos de classes inferiores interferiam nos assuntos humanos.

No Cristianismo a fonte primária ao estudo dos anjos são as citações bíblicas, embora existam apenas sugestões ambíguas para a construção de um sistema como ele se desenvolveu em tempos posteriores. Os anjos aparecem em vários momentos da história narrada na Bíblia,[2] como quando três anjos apareceram a Abraão.[3] Isaías fala de serafins;[4] outro anjo acompanhou Tobias; a Virgem Maria recebeu uma visita angélica na anunciação do futuro nascimento de Cristo,[5] e o próprio Jesus fala deles em vários momentos, como quando sofreu a tentação no deserto [6] e na cena do horto das oliveiras, quando um anjo lhe ofereceu o cálice da Paixão.[7] São Paulo faz alusão a cinco ordens de anjos.[8]

Tradições esotéricas cristãs também foram invocadas para se organizar um quadro mais exato. As classificações propostas na Idade Média são as seguintes:

São Clemente, em Constituições Apostólicas, século I:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Éons, 4. Hostes, 5. Potestades, 6. Autoridades, 7. Principados, 8. Tronos, 9. Arcanjos, 10. Anjos, 11. Dominações.
Santo Ambrósio, em Apologia do Profeta David, século IV:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Dominações, 4. Tronos, 5. Principados, 6. Potestades, 7. Virtudes, 8. Anjos, 9. Arcanjos.
São Jerônimo, século IV:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Potestades, 4. Dominações, 5. Tronos, 6. Arcanjos, 7. Anjos.
Pseudo-Dionísio, o Areopagita, em De Coelesti Hierarchia, c. século V:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Principados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
São Gregório Magno, em Homilia, século VI:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Principados, 6. Potestades, 7. Virtudes, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
Santo Isidoro de Sevilha, em Etymologiae, século VII:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Potestades, 4. Principados, 5. Virtudes, 6. Dominações, 7. Tronos, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
João de Damasco, em De Fide Orthodoxa, século VIII:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Potestades, 6. Autoridades (Virtudes), 7. Governantes (Principados), 8. Arcanjos, 9. Anjos.
São Tomás de Aquino, em Summa Theologica, (1225-1274):
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Principados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
Dante Alighieri, na Divina Comédia (1308-1321):
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Arcanjos, 8. Principados, 9. Anjos.
De todas estas ordenações a mais corrente, derivada do Pseudo-Dionísio e de Tomás de Aquino, divide os anjos em nove coros, agrupados em três trìades:

[editar] Primeira Tríade
A 1ª Ordem é composta pelos anjos mais próximos de Deus, que desempenham suas funções diante do Pai.

[editar] Serafins
Ver artigo principal: Serafim

Serafins rodeando o trono de Deus, em iluminura das Petites Heures de Jean de Berry século XIV
Criatura fantástica do tipo dos kerabu, proveniente de KhorsabadO nome serafim vem do hebreu saraf (שרף), e do grego, séraph, que significam "abrasar, queimar, consumir". Também foram chamados de ardentes ou de serpentes de fogo. É a ordem mais elevada da esfera mais alta. São os anjos mais próximos de Deus e emanam a essência divina em mais alto grau. Assistem ante o Trono de Deus e é seu privilégio estar unido a Deus de maneira mais íntima. Mantém a ordem do cosmo e são descritos em Isaías como cantando perpetuamente o louvor de Deus e tendo seis asas.

O Pseudo-Dionísio diz que sua natureza ígnea espelha a exuberância de sua atividade perpétua e infatigável, e sua capacidade de inflamar os anjos inferiores no cumprimento dos desígnios divinos, purificando-os com seu fogo e iluminando suas inteligências, destruindo toda sombra.[9] Pico della Mirandola fala deles em sua Oração sobre a Dignidade do Homem (1487) como incandescentes do fogo da caridade, e modelos da mais alta aspiração humana [10]

[editar] Querubins
Ver artigo principal: Querubim
Do hebreu כרוב - keruv, ou do plural כרובים - keruvim, os querubins são seres misteriosos, descritos tanto no Cristianismo como em tradições mais antigas às vezes mostrando formas híbridas de homem e animal. Os povos da Mesopotâmia tinham o nome karabu e suas variantes para denominar seres fantásticos com forma de touro alado de face humana, e a palavra significa em algumas daquelas línguas "poderoso", noutras "abençoado".

No Gênesis aparece um querubim como guardião do Jardim do Éden, expulsando Adão e Eva após o pecado original.[11] Ezequiel os descreve como guardiães do trono de Deus e diz que o ruflar de suas asas enchia todo o templo da divindade e se parecia com som de vozes humanas; a cada um estava ligada uma roda, e se moviam em todas as direções sem se voltar, pois possuíam quatro faces: leão, touro, águia e homem, e eram inteiramente cobertos de olhos, significando a sua onisciência.[12] Mas as imagens querubins que Moisés colocou sobre a Arca da Aliança tinham forma humana, embora com asas.[13]

São Jerônimo e Santo Agostinho interpretam seu nome como "plenitude de sabedoria e ciência". A partir do Renascimento passaram a ser representados muitas vezes como crianças pequenas dotadas de asas, chamados putti (meninos) em italiano. Têm o poder de conhecer e contemplar a Deus, e serem receptivos ao mais alto dom da luz e da verdade, à beleza e à sabedoria divinas em sua primeira manifestação. Estão cheio do amor divino e o derramam sobre os níveis abaixo deles.[14]

[editar] Tronos ou Ofanins
Ver artigo principal: Tronos
Os Tronos têm seu nome derivado do grego thronos, que significa "anciãos". São chamados também de erelins ou ofanins, ou algumas vezes de Sedes Dei (Trono de Deus), e são identificados com os 24 anciãos que perpetuamente se prostram diante de Deus e a Seus pés lançam suas coroas.[15] São os símbolos da autoridade divina e da humildade, e da perfeita pureza, livre de toda contaminação.[14]

Tradições esotéricas cristãs os identificam com os Senhores da Chama da Teosofia ou os Elohim na escola Rosacruz, elevados espíritos que trabalham para o desenvolvimento e iluminação da mente humana, agindo como guardiãos da humanidade.

[editar] Segunda Tríade
A 2ª Ordem é composta pelos Príncipes da Corte celestial, que operam junto aos governos gerais do universo.

[editar] Dominações
Ver artigo principal: Dominações
As Dominações ou Domínios (do latim dominationes) têm a função de regular as atividades dos anjos inferiores, distribuem aos outros anjos as funções e seus mistérios, e presidem os destinos das nações. Crê-se que as Dominações possuam uma forma humana alada de beleza inefável, e são descritos portando orbes de luz e cetros indicativos de seu poder de governo. Sua liderança também é afirmada na tradução do termo grego kuriotes, que significa "senhor", aplicado a esta classe de seres.

São anjos que auxiliam nas emergências ou conflitos que devem ser resolvidos logo. Também atuam como elementos de integração entre os mundos materiais e espirituais, embora raramente entrem em contato com as pessoas.

[editar] Virtudes
Ver artigo principal: Virtudes (anjos)
As Virtudes são os responsáveis pela manutenção do curso dos astros para que a ordem do universo seja preservada. Seu nome está associado ao grego dunamis, significando "poder" ou "força", e traduzido como "virtudes" em Efésios 1:21, e seus atributos são a pureza e a fortaleza. O Pseudo-Dionísio diz que eles possuem uma virilidade e poder inabaláveis, buscando sempre espelhar-se na fonte de todas as virtudes e as transmitindo aos seus inferiores.[14]

Orientam as pessoas sobre sua missão. São encarregados de eliminar os obstáculos que se opões ao cumprimento das ordens de Deus, afastando os anjos maus que assediam as nações para desviá-las de seu fim, e mantendo assim as criaturas e a ordem da Divina providência. Eles são particularmente importantes porque têm a capacidade de transmitir grande quantidade de energia divina. Imersas na força de Deus, as Virtudes derramam bênçãos do alto, freqüentemente na forma de milagres. São sempre associados com os heróis e aqueles que lutam em nome de Deus e da verdade. São chamados quando se necessita de coragem.

[editar] Potestades
Ver artigo principal: Potestades
As Potestades ou Potências são também chamados de "condutores da ordem sagrada". Executam as grandes ações que tocam no governo universal. Eles são os portadores da consciência de toda a humanidade, os encarregados da sua história e de sua memória coletiva, estando relacionados com o pensamento superior - ideais, ética, religião e filosofia, além da política em seu sentido abstrato.

Também são descritos como anjos guerreiros completamente fiéis a Deus. Seus atributos de organizadores e agentes do intelecto iluminado são enfatizados pelo Pseudo-Dionísio, e acrescenta que sua autoridade é baseada no espelhamento da ordem divina e não na tirania. Eles têm a capacidade de absorver e armazenar e transmitir o poder do plano divino, donde seus nome.[14]

Os anjos do nascimento e da morte pertencem a essa categoria. São também os guardiões dos animais.

[editar] Terceira Tríade
A 3ª Ordem é composta pelos anjos ministrantes, que são encarregados dos caminhos das nações e dos homens e estão mais intimamente ligados ao mundo material.

[editar] Principados
Ver artigo principal: Principados

Guido Reni: São Miguel, 1636
Fra Angelico; AnunciaçãoOs Principados, do latim principatus, são os anjos encarregados de receber as ordens das Dominações e Potestades e transmití-las aos reinos inferiores, e sua posição é representada simbolicamente pela coroa e cetro que usam. Guardam as cidades e os países. Protegem também a fauna e a flora. Como seu nome indica, estão revestidos de uma autoridade especial: são os que presidem os reinos, as províncias, e as dioceses, e velam pelo cultivo de sementes boas no campo das ideologias, da arte e da ciência.

[editar] Arcanjos
Ver artigo principal: Arcanjo
O nome de arcanjo vem do grego αρχάγγελος, arkangélos, que significa "anjo principal" ou "chefe", pela combinação de archō, o primeiro ou principal governante, e άγγελος, aggělǒs, que quer dizer "mensageiro". Este título é mencionado no Novo Testamento por duas vezes e a esta ordem pertencem os únicos anjos cujos nomes são conhecidos através da Bíblia: Miguel, Rafael e Gabriel. Miguel é especificamente citado como "O" arcanjo,[16] ao passo que, embora se presuma pela tradição que Gabriel também seja um arcanjo, não há referências sólidas a respeito. Rafael descreve a si mesmo como um dos sete que estão diante do Senhor,[17] classe de seres mencionada também no Apocalipse.[18]

Considerado canônico somente pela Igreja Ortodoxa da Etiópia, o Livro de Enoque fala de mais quatro arcanjos, Uriel, Ituriel, Amitiel e Baliel, responsáveis pela vigilância universal durante o perído dos Nefilim, os "anjos caídos". Contudo em fontes apócrifas estes são por vezes ditos como querubins. A igreja Ortodoxa faz de Uriel um arcanjo e o festeja com Rafael, Gabriel e Miguel na Synaxis de Miguel e os outros Poderes Incorpóreos, em 21 de novembro.[19]

Seu caráter de mensageiros, ou intermediários, é assinalada pelo seu papel de elo de ligação entre os Principados e os Anjos, interpretando e iluminando as ordens superiores para seus subordinados, além de inspirar misticamente as mentes e corações humanos para execução de atos de acordo com a vontade divina.[20] Atuam assim como arautos dos desígnios divinos, tanto para os Anjos como para os homens, como foi no caso de Gabriel na Anunciação a Maria. A cultura popular faz deles protetores dos bons relacionamentos, da sabedoria e dos estudos, e guerreiros contra as ações do Diabo.

[editar] Anjos
Os anjos são os seres angélicos mais próximos do reino humano, o último degrau da hierarquia angélica acima descrita e pertencentes à sua terceira tríade. A tradição hebraica, de onde nasceu a Bíblia, está cheia de alusões a seres celestiais identificados como anjos, e que ocasionalmente aparecem aos seres humanos trazendo ordens divinas. São citados em vários textos místicos judeus, especialmente nos ligados à tradição Merkabah. Na Bíblia são chamados de מלאך אלהים (mensageiros de Deus), מלאך יהוה (mensageiros do Senhor), בני אלוהים (filhos de Deus) e הקדושים (santos).[21] São dotados de vários poderes supernaturais, como o de se tornarem visíveis e invisíveis à vontade, voar, operar milagres diversos e consumir sacrifícios com seu toque de fogo. Feitos de luz e fogo [22][23] sua aparição é imediatamente reconhecida como de origem divina também por sua extraordinária beleza.

[editar] Os anjos em outras tradições
[editar] No Budismo e Hinduísmo
Ver artigo principal: Deva (budismo)
O Budismo e o Hinduísmo descrevem os anjos, ou devas, como os chamam, de maneira semelhante às outras religiões ocidentais. Seu nome deriva da raiz sânscrita div, que significa "brilhar", e seu nome significa, então, os "seres brilhantes" ou "autoluminosos". Dizem que alguns deles comem e bebem, e podem construir formas ilusórias para poderem se manifestar em planos de existência diferentes dos seus próprios. O Budismo estabelece uma categorização bastante completa para os seus devas, em grande parte herdada da tradição Hinduísta.

[editar] No Islamismo

Sultão Muhammad: A Mi'raj, ou Ascensão de Maomé, rodeado de anjos. Iluminura, c. 1650A angelologia islâmica é largamente devedora às tradições dos Zoroastrianismo, do Judaísmo e do Cristianismo primitivo, e divide os anjos em dois partidos principais, os bons, fiéis a Deus, e os maus, cujo chefe é Iblis ou Ash-Shaytan, privados da graça divina por terem se recusado a prestar homenagens a Adão..[24]

Por outro lado, existe também no Islamismo uma categorização hierárquica. Em primeiro lugar estão os quatro Tronos de Deus, com formas de leão, touro, águia e homem. Em seqüência, vêm o querubim, e logo os quatro arcanjos: Jibril ou Jabra'il, o revelador, intermediário entre Deus e os profetas e constante auxiliador de Maomé; Mikal ou Mika'il, o provedor, citado apenas uma vez no Corão (2:98) e quem, segundo a tradição, ficou tão horrorizado com a visão do inferno quando este foi criado que jamais pôde falar de novo; Izrail, o anjo da morte, uma criatura espantosa de dimensões cósmicas, quatro mil asas e um corpo formado de tantos olhos e línguas quantas são as pessoas da Terra, que se posta com um pé no sétimo céu e outro no limite entre o paraíso e o inferno; e Israfil, o anjo do julgamento, aquele que tocará a trombeta no Juízo Final; tem um corpo cheio de pelos e feitos de inumeráveis línguas e bocas, quatro asas e uma estatura que vai desde o trono de Deus até o sétimo céu.[25] Por fim, os demais anjos. Como uma classe à parte estão os gênios, ou djins, que possuem muitas características humanas, como a capacidade de se alimentar, propagar a espécie, e morrer, e cujo caráter é ambíguo.[26]

[editar] Os anjos no Espiritismo
Para o Espiritismo, doutrina que tem o Cristianismo por base e foi iniciada no século XIX por Allan Kardec, os anjos seriam os espíritos desencarnados que se comunicam com os vivos, encarnados.[27] Seriam, portanto, aqueles que trazem mensagens do mundo incorpóreo. Por este motivo seriam chamados de anjos, palavra que significa mensageiros, os quais aparecem inúmeras vezes nos textos sagrados de religiões judaico-cristãs, indicando a comunicabilidade entre vivos e mortos. Ainda segundo o Espiritismo, os anjos, em sua concepção mais comumente conhecida e aceita - criaturas perfeitas, a serviço direto de Deus - seriam os espíritos que já alcançaram a perfeição passível de ser alcançada pelas criaturas. Estes, ao fazê-lo, passariam a dedicar a sua existência a fazer cumprir a vontade de Deus na Criação, por serem capazes de compreendê-la completamente.

[editar] Visão teosófica

Anatomia esquemática do anjo patrono do santuário de Borobudur, Java, segundo indicações do teosofista Geoffrey Hodson em seu livro O Reino dos Deuses. Sua forma é na verdade esférica, com feixes de luz irradiante, e aqui se mostra em corte. Os círculos regulares concêntricos de sua aura indicam sua avançada evolução. Muitos detalhes foram omitidosA Teosofia admite a existência dos seres angélicos, e várias classes dentre eles, embora existam relativamente poucos estudos neste campo que as sistematizem profundamente, dos quais os de Charles Leadbeater e sobretudo Geoffrey Hodson são as fontes mais ricas e interessantes.

Charles Leadbeater diz que, sendo um dos muitos reinos da criação divina, o reino angélico também está, como os outros, sujeito à evolução, e que existem grandes diferenças em poder, sabedoria, amor e inteligência entre seus integrantes. Pelo mesmo motivo, o de constituírem um reino independente, com interesses e metas próprias, diz que os anjos não existem mormente em função dos homens e seus problemas, como reza a cultura popular, apesar de assistí-los de uma variedade imensa de formas, como por exemplo na ministração dos sacramentos das igrejas, na cura espiritual e corporal dos seres humanos, e na sua inspiração, encorajamento, proteção e instrução.[28][29] Mesmo que o reino angélico como um todo esteja envolvido em muitas tarefas que não dizem respeito ao homem, Leadbeater afirma em A Ciência dos Sacramentos que existe uma classe deles especialmente associada aos seres humanos, a dos anjos da guarda, na verdade uma espécie de silfos, à qual se confia uma pessoa por ocasião de seu batismo, e que por seu serviço conquistam a individualização, tornando-se serafins.[30]

Os anjos são descritos por Hodson como tendo uma atitude em relação a Deus completamente diversa da humana, não concebendo uma existência personalizada individual, mas sim uma consciência única central e ao mesmo tempo difusa e onipresente, de onde suas próprias consciências derivam e à qual estão inextrincavelmente ligadas. Sentem-se unidos a esta consciência e para eles não é possível, exatamente por esta unidade, experimentarem egoísmo, separatividade, desejo, possessividade, ódio, medo, revolta ou amargura. Apesar de serem essencialmente seres amorosos, seu amor é impessoal, sendo extremamente raras associações estreitas com quaisquer indivíduos. Em seus estudos Hodson os divide em quatro tipos principais, associados aos quatro elementos da filosofia antiga: terra, água, fogo e ar.

Hodson faz também uma associação dos anjos com a Árvore Sefirotal, derivada da tradição Cabalística, definindo dez ordens. Afirma que um dos aspectos do Logos é de natureza angélica e acrescenta que ao reino angélico pertencem os chamados espíritos da natureza. Muitos destas classes estão envolvidos em processos naturais básicos como a formação celular e cristalização mineral, sendo por isso de dimensões microscópicas, constituindo os primeiros degraus da sua longa evolução em direção aos anjos planetários e formas ainda mais grandiosas como os grandes arcanjos solares, de estatura verdadeiramente colossal, a ponto de poderem ser percebidos de pontos próximos à extremidade externa do sistema solar. Outros tipos são os silfos, as salamandras, as fadas, dríades, ondinas e os variados espíritos da natureza conhecidos desde a antigüidade em várias culturas. Suas descrições dão uma vívida idéia da importância destes seres na manutenção da ordem cósmica e na manifestação do universo desde sua origem insondável até as formas físicas, passando por todos os degraus intermédios. Em seu livro O Reino dos Deuses oferece uma série de ilustrações do aspecto dos vários tipos de anjos, diferindo radicalmente das tradicionais representações angélicas da cultura ocidental, e diz que apesar disso ambos, anjo e homem, derivam suas formas de um mesmo arquétipo.[31][32][33]

[editar] Na Astrologia
Algumas tradições astrológicas atribuem nomes para os anjos "embaixadores" dos planetas na Terra, responsáveis pela influência desses planetas na vida do homem. São eles:

Miguel: é o reitor do Sol
Gabriel: é o reitor da Lua
Rafael: é o reitor de Mercúrio
Uriel: é o reitor de Vênus
Samael: é o reitor de Marte
Zacariel: é o reitor de Júpiter
Orifiel: é o reitor de Saturno
Os anjos reitores de Urano, Netuno e de planetas-anões como Plutão e Éris geralmente não são mencionados por não serem planetas conhecidos desde a antigüidade. Alguns astrólogos propuseram o nome Ituriel para o anjo embaixador de Urano.

[editar] Anjos especiais

Bernhard Plockhorst: Anjo da guarda[editar] O Anjo da Guarda
Ver artigo principal: Anjos da Guarda
De entre os anjos da tradição cristã está o tipo do anjo da guarda, chamado fravashi pelos seguidores de Zoroastro, e ao anjo da guarda, como o nome diz, é confiada individualmente cada pessoa ao nascer, protegendo-a do mal até onde a ordem divina o permita, fortalencendo corpo e alma e inspirando-a à prática das boas ações.

[editar] O Anjo do Senhor
Na Bíblia, sobretudo no Antigo Testamento há várias menções à aparição do Anjo do Senhor. A expressão "Anjo do Senhor" causa curiosidade por tratar-se não apenas de mais um anjo e sim de um anjo específico, considerando a antecedência do artigo definido o.

De acordo com algumas posições teológicas, o Anjo do Senhor que fez vários contatos com personagens bíblicos, entre os quais Abraão, Hagar, Gideão, sendo aparições do próprio Deus e constituindo, portanto, uma espécie de teofania ou até mesmo uma cristofania.[34]

Também é conhecido como o Anjo da Presença, embora este termo tenha em certas filosofias um significado bem específico. O Anjo da Presença, segundo o pensamento gnóstico e cristão esotérico, não é um ser com vida própria, mas sim uma forma-pensamento que representa Cristo durante o sacramento da Eucaristia e é um veículo da Sua consciência e das Suas bênçãos.[35][36]

[editar] Lúcifer, o popular diabo
Ver artigo principal: Lúcifer
Segundo diversas tradições, Lúcifer seria um Querubim que se rebelou contra Deus.

Outros teólogos e alguns grupos cristãos como as Testemunhas de Jeova, afirmam que "a única referência a Lúcifer na Bíblia aplicava-se a Nabucodonosor, rei de Babilônia. E embora a arrogância dos governantes babilônicos realmente refletia a atitude de Satanás que também anseia ter poder e deseja colocar-se acima de Deus, a Bíblia não atribui claramente o nome Lúcifer a Satanás".[37]

sexta-feira, 6 de novembro de 2009


"O silêncio também fala, fala e muito! O silêncio pode falar mesmo quando as palavras falham."

Osho

Você pode sobreviver,mas sobrevivência não é vida.

Osho

"Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar....
Apesar de todas as conseqüências."

Osho

Estou aqui para dizer-lhes algo
que é absolutamente inacreditável:
que vocês são deuses e deusas.
Vocês se esqueceram disso.

Osho

Envelhecer, qualquer animal é capaz. Desenvolver-se é prerrogativa dos seres humanos. Somente uns poucos reivindicam esse direito.

Osho

Relacionamento significa algo completo, acabado, fechado. O amor nunca é um relacionamento: amor é relacionar-se - é sempre um rio fluindo, interminável."

Osho

"Assim como os picos cobertos de neves são bonitos,os cabelos brancos da velhice também,tem sua beleza. Não apenas beleza,mas sabedoria também,de que nenhum jovem pode se vangloriar"

Osho

Esqueça essa história de querer entender tudo.
Em vez disso, VIVA,
em vez disso, DIVIRTA-SE!
Não analise, CELEBRE!

Osho

“Sempre permaneça aventureiro.
Por nenhum momento se esqueça de que
a vida pertence aos que investigam.
Ela não pertence ao estático;
Ela pertence ao que flui.
Nunca se torne um reservatório,
sempre permaneça um rio.”

Osho

Torne-se comum e você será extraordinário; tente se tornar extraordinário e você continuará sendo comum.

Osho

quinta-feira, 5 de novembro de 2009


As Vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... O tempo passa... e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais!

Bob Marley

Dificil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.
Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer

Bob Marley

Os ventos que as vezes tiram
algo que amamos, são os
mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi
dado.Pois tudo aquilo que é
realmente nosso, nunca se vai
para sempre...

Bob Marley

A vida é para quem topa qualquer parada. Não para quem pára em qualquer topada.

Bob Marley

Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais

Bob Marley

Não viva para que a sua presença seja notada,
mas para que a sua falta seja sentida...

Bob Marley

Não ligo que me olhem da cabeça aos pés..porque nunca farão minha cabeça e nunca chegarão aos meus pés

Bob Marley

Em quanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos havera guerra.

Bob Marley

Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Porqe sua consciência é o que você é,e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles.

Bob Marley

Para que levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos.

Bob Marley

Se Deus criou as pessoas para amar, e as coisas para cuidar. Por que amamos as coisas e usamos as pessoas!

Bob Marley

Queria ser um baseado
Para nascer em seus dedos, morrer em seus lábios,
E fazer sua cabeça

Bob Marley

Se você obedece todas as regras, acaba perdendo a diversão.

Bob Marley

Os homens
pensam que possuem uma mente,
mas é a mente que os possui
Há pessoas que amam o poder,
e outras
que tem o poder de amar

Bob Marley

Deus me enviou à terra com uma missão. Só Ele pode me deter, os homens nunca poderão.

Bob Marley

Se a vida fosse bela, todo dia teria sol, todo mar teria onda, toda música seria reggae e toda fumaça faria a cabeça.

Bob Marley

Eu olho para dentro de mim, e não me importo com o que as pessoas fazem ou dizem eu me preocupo só com as coisas certas.

Bob Marley

Sou louco porque vivo em um mundo que não merece minha lucidez

Bob Marley

Não cruze os braços diante de uma dificuldade, pois o maior homem do mundo morreu de braços abertos!

Bob Marley

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O CAVALEIRO PRESO NA ARMADURA

Resumo escrito por:LUCIA_GOMES
Trata-se da estória de um cavaleiro que vivia, há muito tempo, num reino muito antigo, cujo maior orgulho era sua armadura que brilhava ao sol e concedia-lhe, pensava ele, uma imagem de herói, já que passava todo seu tempo a salvar donzelas e a praticar outros atos que ele considerava "de bravura". Dedicou-se tanto o nosso herói a tal empreendimento que descuidou-se de suas próprias vida e familia. Tanto, que acabou por ser abandonado pela esposa, desanimada por não conseguir sequer ver seu rosto, uma vez que a este ponto, a armadura já era parte do marido. Não a tirava para comer, dormir, para nada!
Vendo-se sozinho, resolveu mudar de vida, mas, para sua surpresa, não conseguia mais livrar-se daquele monte de ferros grudados em seu corpo.
Foi aconselhar-se com o Rei, que havia saída para uma Cruzada, mas encontrou Bolsalegre, o bobo da corte que o aconselhou a procuar o Mago Merlin, o único que tinha sabedoria para ajudá-lo a livrar-se daquele incômodo. Ao sair, teve que pedir desculpas a Bolsalegre, já que,devido à dificuldade de locomoção com a armadura,  pisou em seu pé com a pesada bota de ferro, e assim, vivia pedindo desculpas, porque esta sempre pisando em algumas pessoas, esbarrando e derrubando outras. Mas voltava sempre a pisar, derrubar e machucar pessoas.
Mas o Mago Merlin nunca tinha data certa para aparecer.
Desanimado, ele saiu em direção à floresta do mago, disposto a esperar por ele.
Certa manhã, já fraco pois mal conseguia se alimentar pelos furos do elmo que lhe cobria a face, quando finalmente deparou com o Mago e lhe disse que o procurava havia muito tempo. Felizmente para ele, estava fraco demais para fugir, pois segundo Merlin, para aprender não se pode fugir. E recebeu algumas tarefas que poriam a prova seu desejo de livrar-se da armadura e tornar-se feliz. Tais tarefas lançariam por terra toda sua arrogância, prepotência, preconceitos (não falava com os animaizinhos porque os considerava imbecis).
E foi assim que ele, obrigado humildemente a aceitar a ajuda de seus novos amigos animais, foi vencendo uma a uma, as tarefas impostas por Merlin. A cada tarefa, o sofrimento o fazia crescer um pouco mais. Passou por vários caminhos e castelos, os mesmos que normalmente todos temos que passar para nosso auto-conhecimento e crescimento , e que o levariam finalmente à liberdade e felicidade.

O CAVALEIRO PRESO NA ARMADURA Originalmente publicado no Shvoong: http://pt.shvoong.com/books/1746191-cavaleiro-preso-na-armadura/

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Anúbis, também conhecido como Anupu, ou Anupo e cujo nome hieroglífico é traduzido mais propriamente como Anpu, é o antigo deus egípcio da morte e dos moribundos, por vezes também considerado deus do submundo. Conhecido como deus do embalsamamento, presidia às mumificações e era também o guardião das necrópoles e das tumbas. Os egípcios acreditavam que no julgamento de um morto era pesado seu coração e a pena da verdade (como podemos ver em muitas gravuras egípcias). Caso o coração fosse mais pesado que a pena, sua alma era destruída para todo sempre, mas caso fosse mais leve, a pessoa em questão poderia ter acesso ao paraíso. Anubis era quem guiava a alma dos mortos no Além.
Os sacerdotes de Anúbis, chamados "stm", usavam máscaras de chacais durante os rituais de mumificação. Anúbis é uma das mais antigas divindades da mitologia egípcia e seu papel mudou à medida que os mitos amadureciam, passando de principal deus do mundo inferior a juiz dos mortos, depois que Osíris assumiu aquele papel. A associação de Anúbis com chacais provavelmente se deve ao fato de estes perambularem pelos cemitérios. O Anúbis era pintado de preto, por ser escura a tonalidade dos corpos embalsamados. Apesar de muitas vezes identificado como "sab", o chacal, e não como "iwiw", o cachorro, ainda existe muita confusão sobre qual animal Anúbis era realmente. Alguns egiptologistas se referem ao "animal de Anúbis" para indicar a espécie desconhecida que ele representava. Se você comparar com fotos do google, Anúbis tinha a cabeça dum cão da raça Pharaoh Hound. As cidades dedicadas a Anúbis eram conhecidas pelo grande número de múmias e até por cemitérios inteiros de cães.
A sua mãe é Néftis, que durante uma briga com o marido Seth passou-se por Isis e teve relações com Osíris. Anúbis é pai de Qeb-hwt, também conhecido como Kebechet.
Em épocas mais tardias, Anúbis foi combinado com o deus grego Hermes, surgindo assim Hermanúbis.
"Nós, os Chacais, sacerdotes de Anúbis, somos os guardiães de suas tumbas gloriosas ou sepulturas humildes. Somos os guardiães dos mortos. Somos os servos de Anúbis. Somos a Cinópolis."

terça-feira, 27 de outubro de 2009


Shimbalaiê, quando vejo o sol beijando o marShimbalaiê, toda vez que ele vai repousarNatureza, deusa do viverA beleza pura do nascerUma flor brilhando a luz do solPescador entre o mar e o anzolPensamento tão livre quanto o céuImagine um barco de papelIndo embora para não mais voltarIndo como que iemanjáShimbalaiê, quando vejo o sol beijando o marShimbalaiê, toda vez que ele vai repousarQuanto tempo leva pra aprenderQue uma flor tem que vida ao nascerEssa flor brilhando á luz do solPescador entre o mar e o anzolShimbalaiê, quando vejo o sol beijando o marShimbalaiê, toda vez que ele vai repousarSer capitã desse mundoPoder rodar sem fronteirasViver um ano em segundosNão achar sonhos besteiraMe encantar com um livroQue fale sobre a vaidadeQuando mentir for precisoPoder falar a verdadeShimbalaiê, quando vejo o sol beijando o marShimbalaiê, toda vez que ele vai repousar

quinta-feira, 15 de outubro de 2009


PingaFoto, Amostra fotográfica livre.Por Wanderson Scorza
Um maravilhoso evento fotográfico que ocorreu na terça-feira dia 22 de setembro na casa dos 500 anos em Cabo frio. A mostra consiste em projeções de fotografias pré-selecionadas acompanhadas de música. Serão sempre três ou quatro artistas convidados pela organização. Após a projeção haverá a apresentação dos expositores aos espectadores, iniciando-se assim um debate á partir das dúvidas e curiosidades do público em relação aos trabalhos ali vistos. Doses de pinga mineira serão distribuídas durante o evento á titulo de degustação.O evento tem por objetivo fomentar a reunião dos profissionais e amantes da arte fotográfica em encontros mensais abertos ao público.O primeiro PingaFoto As expositoras do primeiro pingaFoto foram: Mariana Ricci, Manú Castilho, Dalila Tardelli e Marcelas Rimes. Este encontro foi apenas para convidados servindo como evento piloto para os próximos e contou com uma seleta platéia de 80 pessoas.Segundo o idealizado e produtor do evento. A idéia do PingaFoto surgiu da necessidade pessoal de reunir profissionais para debate e mostra de portfólio, inspirado em eventos como Cine Cachaça Clube(Cine Odeon-RJ) e outras mostras fotográficas no Rio. Esta reunião pretende além de prestigiar a categoria, contribuir para a formação de público e com isso ampliar a visibilidade da arte fotográfica na região dos lagos. A próxima edição do PF será no dia 27 de outubro no mesmo local e horário e contará com a projeção dos artistas: Paulo Cezar Albuquerque, Nino, Thadeu Burached e Yuri Vasconcelos. Este evento foi idealizado, produzido e realizado pelo fotografo Marcos Homem e conta com os seguintes apoios: Mundo das fotos (antiga Fotolagos), Cabrones Mexican Bar, Michel Newmans Prod., Ibram, Ministério da Cultura, Casa 500 anos Liga das Escolas de Samba e Preparo Design Shop.Contatos: marcos_homem@hotmail.com MSN, contato@marcoshomem.comhttp://www.marcoshomem.com/22-8801-292222-2643-840321-8668-2150

terça-feira, 13 de outubro de 2009


Partes usadas: Em Magia usa-se, sobretudo, a raiz seca.
Propriedades medicinais: alucinogénica, narcótica, emética, purgante, catártica
Uso medicinal: Na Antiguidade, as suas propriedades narcóticas foram usadas para anestesiar os pacientes durante as cirurgias. Em uso externo pode ser usada para aliviar dores reumáticas e úlceras. No entanto, a mandrágora é demasiado perigosa para ser utilizada em remédios caseiros.
Contra-indicações e cuidados: TÓXICA - Todas as partes da mandrágora são venenosas, especialmente a raiz. O uso interno está limitado à prescrição por um fitoterapeuta qualificado.
Usos mágico-religiosos: Poucas plantas são tão envoltas em lendas como a mandrágora. O seu uso é muito antigo, sendo citada por vários autores ao longo da História e, inclusivé, mencionada nos textos bíblicos. Era cultivada pelos Egípcios e pelos Gregos. Os Árabes chamavam-lhe "Ovos de Djinn" e os Hebreus chamavam-lhe "Planta do Amor" devido a ser usada como afrodisíaca, para curar a impotência masculina e para garantir a concepção de um filho. Segundo a tradição medieval, a colheita da planta deveria ser feita com extremo cuidado, em noite de lua cheia, e com a ajuda de um cão. Tal hábito surgiu da crença que a mandrágora, com a sua forma humana e origem obscura, soltaria um grito tenebroso ao ser arrancada do chão e que esse grito mataria qualquer um que o ouvisse. O pobre cão seria então a vítima em vez da pessoa... Outra tradição diz que a mandrágora não nasce de forma natural como as outras plantas mas sim do sémen de um homem enforcado. Os alquimistas da Idade Média usavam-na para a concepção dos Homunculus, pequenos seres de forma humana. Actualmente continua a ser usada para atrair dinheiro, bem como para trabalhos relacionados com amor, fertilidade e fidelidade. É uma fortíssima erva de protecção, podendo ser usada como amuleto para guarda da casa e dos seus habitantes. O pó obtido a partir da moagem da raíz pode ser usado para pulverizar os armários, o Livro das Sombras e outros objectos, vedando-os à curiosidade alheia. A mandrágora é também famosa pelo seu poder contra os demónios e outros espíritos malignos, pelo que costuma ser usada em exorcismos. A partir da raíz de mandrágora são produzidas diversas poções, óleos, tinturas e amuletos.
Planeta regente: Saturno / Mercúrio
Elemento: Terra
Divindades associadas: Afrodite / Vénus, Saturno, Diana, Hécate e Circe
Indicações de cultivo: É uma planta perene, nativa do Sul da Europa e orla do Mediterrâneo. Não suporta Invernos rigorosos nem encharcamento. Não se adapta a viver em vasos por ter uma raíz muito grande. Necessita de uma posição na meia-sombra, em solo fértil e com boa drenagem. A floração dá-se de Março a Abril e as sementes amadurecem a partir de Julho. Propaga-se por sementeira.
Sinónimos botânicos: Mandragora acaulis Gaertn., Mandragora autumnalis Bertol., Mandragora vernalis Bertol., Atropa mandragora
Através dos tempos poucos conceitos foram tão incompreendidos e maltratados pelo ser humano como o conceito de “Anarquia”. Sistematicamente deturpada e frequentemente associada a conceitos como caos e desordem, a palavra anarquia deriva da raiz grega αναρχία – an (sem) e archê (governador) – e designa o ideal comum a todos aqueles que advogam a liberdade, a abolição do capitalismo, do estado e de qualquer tipo de autoridade que não seja livremente aceite.
google_protectAndRun("ads_core.google_render_ad", google_handleError, google_render_ad);
&uotContrariamente ao advogado pelos seus detractores, a Anarquia constitui, para os seus defensores, o primado da Ordem e não o caos da Desordem, sendo a Liberdade, base incontestável de qualquer pensamento, formulação ou acção anarquista, o conceito que conjuga de forma absoluta todos os anarquistas.A Anarchopedia é um projecto cooperativo, em desenvolvimento, para a criação de um portal de conhecimento aberto e comunidade on-line anarquista, semelhante à Wikipédia, ao Wikinfo, à Disinfopedia ou ao Marxists.org, que pretende contribuir para o fim dos preconceitos e da desinformação sobre os Ideais Libertários e enquadra-los numa perspectiva de alternativa válida ao vazio ideológico que caracteriza a época em que vivemos.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009


12/10/2009
Estava meio que chateado com uns projeto que não foi possível concluir, uma nota baixa que tirei na faculdade o mesmo tendo lido vadios livros do Dalai Lama com todo com todo aquele papa de beleza interior a que a felicidade e uma questão de posicionamento mental...Sim eu estou me sentindo feio e gordo “odeio minha barriga” resolvi dar uma caminhada durante a noite, andei uns 2 km +/- mas meu tênis começou a machucar o meu pé então resolvi fazer o caminho de volta descalço pela areia da praia.Já devia ser umas 01h35min AM e estava ventando bastante o praia estava totalmente deserta o mar estava bravo e as ondas faziam um grande barulho , barulho este o qual eu sou apaixonado.Foi daí que me peguei obicervando as estrelas era uma noite sem lua mas estelas estavam magníficas fazia que nem me desse conta da grande ventania que estava vindo contra a minha direção eu estava ali sozinha sentindo a areia no meu pé ouvindo o som das ondas e imaginando como que aqueles velhos marujos se guiavam usando as mesmas estrelas que eu ali as admirava só por sua beleza e graça, as vezes me distraia me aproximando da água e era surpreendido pelas ondas que me molhava (risos)Tentei ligar os pontinhos com a imaginação para forma as constelações zodiacais mas não foi passível passei um bem tempo procurando uma certa estrela que não e mas minha mas não a encontrei ao certo não deve esta mas La(muitos risos )Depois voltei minha atenção para as espumas das ondas sendo atingida pelo vento que dava a impressão de salamandras branquinhas que farão expulsas do mar pelas ondas mas tentavam regressar correndo para água mas se desmanchavam com o forte vento. Acho que deve ser extrapolagem da minha imaginação (extrapolagem nem sei se esta palavra existe rsrsrs)deve ser o tanto de imaginação que me falto para forma as constelações, mas dava a impressão que estava viva bem que de acordo com minhas crenças eu realmente acredito que o oceano como todo o planeta terra e um organismo vivo mas as salamandras de espuma do mar esta me parecendo com uma certa vida fora do comum. Por uns estantes eu comecei a questionar minha sanidade e minhas crassas (algo que tenho feito com muito frequência)dai voltei a olhar o seu as estrelas e veio a reflexão que mas me assustou acho que estou virando “ateu”Que pençando bem no mundo maluco que vivemos hoje o mas normal a achar que não tem ninguém governando esta merda mesmo não, daí me veio todo aquele conseito de porque existe guerra , fome, pornografia sim eu abomino a pornografia ela e um lixo cultural.Por isso tive idéia de escrever este texto Já fui em igreja evangélica vi aquela gritaria toda as línguas estranha a qual eu não falei e não vi nada também, já frequentei terreiro de umbanda e muito legal vi os médios dando consultas dançando e falando com outra vos mas não vi nada que me disse uma certeza indiscutível as historia do espiritismo mesa branca também são impressionante mas são só historias nunca vi espíritos nem os ouvir Tenho todo um carinho especial pelas as escolas de mistério o esoterismo e a feitiçaria, mas apesar de ter toda este carisma e habilidade que as outras pessoas atribui amim não vejo nada que me impressione por isto acho que os ateus estão certo em não acreditar em nada Sim eu ainda acredito em Deus que ele tenha criado e terra o universo os animas e o homem Mas acredito que ele esta de braços cruzado vendo toda esta merda se fu...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

As Treze Metas da magia


As Treze Metas da Wicca
o Conhecer a si mesmoo Saber sua arteo Aprendero Usar o que você aprendeuo Manter o balanço de todas as coisaso Manter suas palavras verdadeiraso Manter seus pensamentos verdadeiroso Celebrar a vidao Alinhar você mesmo com os ciclos da Terra o Manter seu corpo corretoo Exercitar seu corpo e sua menteo Meditaro Honrar a Deusa e o Deus
Essas metas devem ser seguidas pelos praticantes da Wicca, já que realmente acreditamos nelas. Há também algumas leis da Wicca, que assim como as metas devem ser seguidas e respeitadas.
Antes de mais nada, é importante citar as quatro palavras do Mago. Antes de começar o estudo da magia, é básico você saber e seguir essas quatro palavras. Primeiro tente entendê-las, pois sem que você as entenda, não há como ser um bom praticante de magia.
o Saber;o Ousar;o Querer;o Calar.
São as quatro palavras do Mago. Para ousar, precisamos saber. Para querer, precisamos ousar. Precisamos querer para possuir império. Para reinar, precisamos manter silêncio.
Os Rituais
O bruxo tem algumas obrigações, entre elas, comemorar as estações do ano, e os ciclos da Lua. As comemorações dos ciclos lunares, são chamadas Esbats, e as celebrações do movimento da terra em volta do Sol - as estações - são chamados sabbaths. Os esbats são festejados a cada primeira noite de Lua cheia e os Sabbaths são comemorados seguindo a Roda do Ano, que é marcada por oito datas:
Yule ou Solstício de Inverno - Representa o nascimento do Deus. É a noite mais escura do ano, e marca o apogeu da escuridão na Terra. Por outro lado, é o primeiro dia de sua decadência, pois a Criança Sagrada, o Menino Sol nasce trazendo a Luz ao Planeta. Assim, também marca o retorno da força solar. Em Yule é tempo de celebrar o início de todas as coisas e devemos meditar sobre novos projetos, novos amores, nova vida. É celebrado a 21 de junho no Sul e 21 de Dezembro no Norte.
É desta data antiga que se originou o Natal Cristão. Nesta época, a Deusa dá à Luz o deus, que é reverenciado como Criança Prometida. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças, pedindo para que os Deuses rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com sua pureza e alegria. Coloque flores e frutos da época do altar. Se quiser, pode fazer uma árvore enfeitada, pois está é a antiga tradição "pagã", onde a árvore era sagrada e os meses do ano tinham nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a Deusa é reverenciada como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao mundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar em nossa própria luz interior.
Imbolc ou Candlemas - Imbolc vem para confirmar Yule. A Deusa retorna ao seu povo em Imbolc, novamente virgem, trazendo com ela novas esperanças, nova promessa de vida. O Deus agora já não é mais uma criança, e agora se apresenta como um belo jovem, que com o passar dos dias se fortifica. Em Imbolc devemos nos livrar de tudo o que é velho e desgastado para darmos lugar ao novo. É comemorado a 1 de agosto no Sul e 02 de Fevereiro no Norte.
Este Sabá é dedicado à Deusa Brigit, Senhora da Poesia, da Inspiração, da Cura, da Escrita, da Metalurgia, das Artes marciais e do Fogo. Nesta noite, as Bruxas colocam velas cor de laranja ao redor do círculo, e uma vela acesa dentro do Caldeirão. Se o ritual é feito ao ar livre, pode-se fazer tochas e girar ao redor do círculo com elas. A Bruxa mais jovem da Assembléia pode representar Brigit, entrando por último no círculo para acender, com sua tocha, a vela do caldeirão, ou a fogueira, se o ritual for ao ar livre, o que representaria a Inspiração sendo trazida para o círculo pela Deusa.
Os membros do Coven devem fazer poesias, ou cantar em homenagem a Brigit. Pedidos, agradecimentos ou poesias devem ser queimados na fogueira ou no caldeirão em oferenda, no fim do ritual. O Deus está crescendo e se tornando mais forte, para trazer a Luz de volta ao mundo. É hora de pedirmos proteção para todos os jovens, em especial da nossa família do Coven. Devemos mentalizar que o Deus está conservando sempre viva dentro de nós a chama da Saúde, da coragem, da ousadia e da juventude. O altar deve ser enfeitado com flores amarelas, alaranjadas ou vermelhas. A consagração deve ser feita pelos membros mais jovens do Coven.
Ostara ou Equinócio de Primavera - Em Ostara, comemoramos o primeiro dia de Primavera. Na natureza tudo desabrocha: a Deusa cobre a terra com um manto de fertilidade e, juntamente ao Deus, estimula todos os seres vivos a reprodução. O Deus, agora mais maduro está cada vez mais forte. É tempo de enfeitar o altar com flores e frutos da época. É comemorada a 21 de setembro no Sul ou 21 de Março no Norte.
Ostara é o Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da Fertilidade, cujo símbolo é o coelho. Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa. Os membros do Coven usam grinaldas, e o Altar deve ser enfeitado com flores da época. É um costume muito antigo colocar ovos pintados no Altar. Eles simbolizam a fecundidade e a renovação. Os ovos podem ser pintados crus e depois enterrados, ou cozidos e comidos enquanto mentalizamos nossos desejos. Nesse caso, não utilize tintas tóxicas, pois podem provocar problemas se ingeridas. Use anilinas para bolo, ou cozinhe os ovos com cascas de cebola na água, o que dará uma bela cor dourada. Antes de comê-los, os membros do Coven devem girar de mãos dadas em volta do Altar para energizar os pedidos. Os ovos devem ser decorados com símbolos mágicos, ou de acordo com a sua criatividade. Os pedidos devem ser voltados à "fertilidade" em todas as áreas.
Beltane - É o período de em que o Deus torna-se sexualmente maduro. Agora, ele é um Homem que apaixona-se pela Deusa, que juntos fazem Amor pelos campos - A Sagrada União, que tudo fecunda. O Caldeirão deverá estar cheio d'água em Beltane, com flores boiando dentro. Também deve-se erguer um pau, tronco ou bambu e amarrar em sua extremidade mais alta fitas de várias cores. Cada um deve pegar uma ponta da fita, e todos devem girar enrolando-a. O bambu representa o fallus do Deus - seu órgão genital. Beltane é comemorado a 31 de Outubro no Sul ou 01 de Maio no Norte.
Beltane é o mais alegre e festivo de todos os Sabás. O Deus, que agora é um jovem no auge da sua fertilidade, se apaixona pela Deusa, que em Beltane se apresenta como a Virgem e é chamada "Rainha de Maio". Em Beltane se comemora esse Amor que deu origem a todas as coisas do Universo. Beleno é a face radiante do Sol, que voltou ao mundo na Primavera. Em Beltane se acendem duas fogueiras, pois é costume passar entre elas para se livrar de todas as doenças e energias negativas. Nos tempos antigos, costumava-se passar o gado e os animais domésticos entre as fogueiras com a mesma finalidade. Daí veio o costume de "pular a fogueira" nas festas juninas. Se não houver espaço, duas tochas ou mesmo duas velas podem ter a mesma função. Deve-se ter o maior cuidado para evitar acidentes.
Uma das mais belas tradições de Beltane é o Maypole, ou Mastro de Fitas. Trata-se de um mastro enfeitado com fitas coloridas. Durante um ritual, cada membro escolhe uma fita de sua cor preferida ou ligada a um desejo. Todos devem girar trançando as fitas, como se estivessem tecendo seu próprio destino, colocando-nos sob a proteção dos Deuses. É costume em Wicca jamais se casar em Maio, pois esse mês é dedicado ao casamento do Deus e da Deusa.
Litha ou Solstício de Verão - É comemorado a 21 de dezembro no Sul ou 21 de Junho no Norte. Agora, toda a Terra encontra-se banhada pela Fertilidade da Deusa e do Deus. Este, está no auge de sua força, fazendo com que os dias sejam maiores do que as noites. Devemos nos lembrar porém, que se aproxima o momento dele começar a definhar. Em seu altar, coloque ervas solares e Girassóis, para representar a potência do Deus. Em Beltane, louvamos a Deusa em seu aspecto de Gaia, a Mãe Terra, e o Deus em seu aspecto de Deus Sol.
Nesse dia o Sol atingiu a sua plenitude. É o dia mais longo do ano. O deus chega ao ponto máximo de seu poder. Este é o único Sabá em que às vezes se fazem feitiços, pois o seu poder mágico é muito grande. É hora de pedirmos coragem, energia e Saúde. Mas não devemos nos esquecer que, embora o Deus esteja em sua plenitude, é nessa hora que ele começa a declinar. Logo Ele dará o último beijo em sua amada, a Deusa, e partirá no Barco da Morte, em busca da Terra do Verão.
Da mesma forma, devemos ser humildes para não ficarmos cegos com o brilho do sucesso e do Poder. Tudo no Universo é cíclico, devemos não só nos ligarmos à plenitude, mas também aceitar o declínio e a Morte. Nesse dia, costuma-se fazer um círculo de pedras ou de velas vermelhas. Queimam-se flores vermelhas ou ervas solares (como a Camomila) juntamente com os pedidos no Caldeirão.
Lammas ou Lughnasadh - Celebrado a 2 de fevereiro no Sul ou 01 de Agosto no Norte. É o período da colheita, quando a Natureza mostra seus frutos. O Deus gradativamente enfraquece, e a Deusa observa a queda de seu amante, sabendo que, dentro dela, ele vive como semente. Aos poucos as noites começam a ficar mais longas, devido ao enfraquecimento do Sol. No altar, devemos depositar ramos de trigo e espigas de milho. Na noite de Lammas, deve ser servido pães e bolos. É tempo de colher o resultado de nossas ações e de agradecer por dádivas alcançadas.
Lughnasad era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela primeira colheita do ano. Lugh é o Deus Sol. Na Mitologia Celta, ele é o maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes, que exigiam sacrifícios humanos do povo. A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos de trigo representando os Deuses, que nesse festival são chamados Senhor e Senhora do Milho. Nessa data deve-se agradecer a tudo o que colhemos durante o ano, sejam coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa evolução.
O outro nome do Sabá é Lammas, que significa "A Massa de Lugh". Isso se deve ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão que era dividido entre todos. Os membros do Coven devem fazer um pão comunitário, que deverá ser consagrado junto com o vinho e repartido dentro do círculo. O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do Caldeirão, para serem queimados juntamente com papéis, onde serão escritos os agradecimentos, e grãos de cereais. O boneco representando o Deus do milho também é queimado, para nos lembrar de que devemos nos livrar de tudo o que é antigo e desgastado para que possamos colher uma nova vida. O Altar é enfeitado com sementes, ramos de trigo, espigas de milho e frutas da época.
Mabon ou Equinócio de Outono - Acontece a 21 de março no Sul ou 21 de Setembro no Norte. A colheita iniciada em Lammas agora atinge seu ponto máximo. Os dias e as noites são de igual duração, e o Deus prepara-se para partir à Terra da Juventude Eterna, onde irá descansar e recobrar suas forças. Esse fenecimento pode ser visto também na Natureza, que prepara-se para a chegada do Inverno. Nesse período, o altar deve conter folhas de plantas da estação, e alguns frutos. O Deus agora é louvado em seu aspecto de semente e a Grande Mãe em seu aspecto de Provedora.
No Panteão Celta, Mabon, também conhecido como Angus, era o Deus do Amor. Nessa noite devemos pedir harmonia no Amor e proteção para as pessoas que amamos. Está é a segunda colheita do ano. O Altar deve ser enfeitado com as sementes que renascerão na primavera. O chão deve ser forrado com folhas secas. O deus está agonizando e logo morrerá. Este é o Festival em que devemos pedir pelos que estão doentes e pelas pessoas mais velhas, que precisam de nossa ajuda e conforto. Também é nesse festival que homenageamos as nossas Antepassadas Femininas, queimando papéis com seus nomes no Caldeirão e lhes dirigindo palavras de gratidão e bênçãos.
Samhain, Dia das Bruxas ou Halloween - Comemorado a 1 de maio no Sul ou 31 de Outubro no Norte, marca a ida do Deus ao Reino dos Mortos. É o ponto auge da Roda do Ano e é considerado o Ano Novo pagão. Nessa data a barreira entre os mundos está mais fraca, facilitando assim, o contato com entes queridos que já se foram. Métodos Divinatórios devem ser praticados nessa noite e o altar deve conter folhas de cipreste, abóboras, velas negras e laranjas. Em Samhain é tempo de reflexão: de olharmos para nossos atos e compreendermos o significado de nossas experiências. Apesar de ser a noite da partida do Deus, não deve ser encarado com tristeza - Ele ainda vive dentro da Deusa como seu filho: É a esperança, a promessa de luz, que se concretizará em Yule.
Este é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram. As bruxas não fazem rituais para receber mensagens dos mortos e muito menos para incorporar espíritos. O sentido do Halloween é nos sintonizarmos com os que já partiram para lhes enviar mensagens de Amor e harmonia. A noite do Samhain é uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. A cor do sabá é o negro, sendo o Altar adornado com maçã, o símbolo da Vida Eterna. O vinho é substituído pela sidra ou pelo suco de maçã. Deve-se fazer muita brincadeira com dança e música. Os nomes das pessoas que já se foram são queimados no Caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza.
No Altar e nos Quadrantes não devem faltar as tradicionais Máscaras de Abóbora com velas dentro. Antigamente, as pessoas colocavam essas abóboras na janela para espantar os maus espíritos e os duendes que vagavam pelas noites do Samhain. Essa palavra significa "Sem Luz", pois, nessa noite, o Deus morreu e mundo mergulha na escuridão. A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer. Eles se amam, e, desse Amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe, para renascer no próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa.
A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução.
Há muita divergência quanto à pronúncia da palavra, mas acredito que seja Sal-Uin (Sow-ween). Essa é a noite em que a barreira entre nosso mundo e o mundo dos espíritos fica mais fina. É quando o Deus Cornudo se sacrifica para se tornar a semente de seu próprio renascimento em Yule. É quando os pastores recolhem o gado e o povo esconde-se em casa, fugindo da época mais escura do inverno. A data marca o fim (e o início) do calendário Celta. É celebrada pelos Cristãos como o Dia das Bruxas, o famoso Halloween (All hails eve). A noite de Samhain ou Halloween se encontra no meio exato entre o Ano que se vai e o que vem pela frente, e é, portanto, uma data atemporal.
Um antigo costume de Samhain na Bélgica era o preparo de “Bolos para os Mortos” especiais (bolos ou bolinhos brancos e pequenos). Comia-se um bolo para cada espírito de acordo com a crença de que quanto mais bolos alguém comesse, mais os mortos o abençoariam.
Outro costume de Samhain era acender um fogo no forno de casa, que deveria queimar continuamente, até o primeiro dia da Primavera seguinte. Eram também acesas, ao pôr-do-sol, grandes fogueiras no cume dos morros em honra aos antigos deuses e deusas, e para guiar as almas dos mortos aos seus parentes.
As Artes Divinatórias, como observação da bola de cristal e o jogo de runas, na noite mágica de Samhain, são tradições Wiccans, assim como ficar diante de um espelho e fazer um pedido secreto
Comemorando o Samhain
Deposite sobre o altar maçãs, romãs, abóboras e outros frutos do fim do outono. Flores outonais como Madressilva e crisântemos também são indicados. Escreva num pedaço de papel um aspecto de sua vida do qual deseja livrar-se, um sentimento negativo ou um hábito ruim, doenças. O caldeirão deve estar presente no altar. Um pequeno prato com o símbolo da roda de oito aros também deve estar presente. Antes do ritual sente-se em silêncio e pense nos amigos e nas pessoas amadas que não mais estão entre nós. Não se desespere. Saiba que partiram para coisas melhores. Tenha firme em mente que o plano físico não é a realidade absoluta, e que a alma jamais morre.
Prepare o altar, acenda as velas e o incenso, crie o círculo. invoque a Deusa e o Deus. Erga uma das romãs e com sua recém lavada faca de cabo branco, perfure a casca da fruta. Remova diversas sementes e coloque-as no prato com o desenho da roda. erga seu bastão, volte-se para o altar e diga;
o Nesta noite de Samhain assinalo sua passagem,o Ó rei Sol através do poente ruma à Terra da Juventude.o Assinalo também a passagem de todos os que já partiram,o E dos que irão posteriormente. Ó Graciosa Deusa,o Eterna Mãe, que dá à Luz os caído,o Ensina-me a saber que nos momentos de maior escuridãoo Surge a mais intensa luz.
Prove as sementes de romã; parta-as com seus dentes e saboreie seu gosto agridoce. Olhe para o símbolo de oito aros no prato; a roda do ano o ciclo das estações o fim e o início de toda a criação. A venda um fogo dentro do caldeirão, uma vela serve. Sente-se diante dele, segurando o papel, observando suas chamas. Diga:
o Ó Sabia Lua,o Deusa da noite estrelada,o Criei este fogo dentro de seu caldeirãoo Para transformar o que me vem atormentando.o Que as energias se revertam:o Das trevas ,luz!o Do mal, o bem!o Da morte, o nascimento!
Ateie fogo ao papel com as chamas do caldeirão e jogue-o em seu interior. Enquanto queima, saiba que o mal diminui, reduzindo-se e finalmente o abandonando ao ser consumido pelos fogos universais. Se quiser pode utilizar métodos para adivinhar o futuro e ver o passado. Tente regressar a vidas passada se quiser. Mas deixe os mortos em paz. Honre-os com suas memórias mas não os chame até você. Libere quaisquer dores e sentimentos de perda que possa sentir nas chamas do caldeirão. Trabalhos de magia, se necessários podem-se seguir. Celebre o banquete Simples. O círculo está desfeito.
Alimentos tradicionais
Maças, romãs,torta de abóbora, avelãs, Bolos para os Mortos, beterrabas, nabos, milho, castanhas, gengibre, sonhos e bolos de amoras silvestres, cerveja, sidra e chás de ervas.Incensos
Maça, menta, noz-moscada e sálvia.
Cores das velas
preta e laranja
Pedras preciosas
Todas as pedras negras, especialmente azeviche, obsidiana e ônix.
Anéis dos Desejos de Halloween
Vários dias antes do Halloween, faça três anéis de palha ou feno trançado. Pendure-os nos arbustos fora de sua janela e faça um desejo a cada anel enquanto o pendura. Após isso, não torne a olhar para os anéis até a noite de Halloween, ou seus desejos não serão realizados.
História do Dia das Bruxas
O Dia das Bruxas é anualmente celebrado. Mas como e quando este costume peculiar se originou ? É, como alguma reivindicação, um tipo de adoração de demônio? Ou é isto só um vestígio inocente de alguma cerimônia pagã antiga? A palavra propriamente, "Dia das Bruxas," tem realmente suas origens na Igreja católica. Vem de uma corrupção contraída do dia 1 de novembro, "Todo o Dia de Buracos" (ou "Todo o Dia de Santos"), é um dia católico de observância em honra de santos. Mas, no século 5 DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente se concluía em 31 de outubro. O feriado era Samhain chamado (semeie-en), o Ano novo Céltico.
Uma história diz isto: Naquele dia, todos aquele que houvesse morrido ao longo do ano anterior voltaria à procura de corpos vivos para possuí-los para o próximo ano. Acreditava-se ser seu para a vida após a morte, (Panati). Os celtas acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos espíritos se misturassem com o dos vivos, (Gahagan).
Naturalmente, o ainda vivos não queriam ser possuídos. Então na noite de 31 de outubro, os aldeões extinguiriam os fogos em suas casa. Eles iriam se vestir com fantasias e ruidosamente desfilavam em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam corpos para possuir, (Panati). Provavelmente, uma explicação melhor de por que os celtas extinguiram o fogo, era para não desencorajar possessão de espírito, mas de forma que todas as tribos Célticas pudessem reacender seus fogos de uma fonte comum, o Druidic era mantido em chamas no Meio da Irlanda, em Usinach, (Gahagan).
Os Romanos adotaram as práticas Célticas como suas próprias. Mas no primeiro século DC, eles abandonaram qualquer prática de sacrifício de humanos a favor de efígies em chamas. Como convicção em possuir o espírito, a prática de vestir-se bem como fantasmas, e bruxas empreendia um papel mais cerimonial. O costume de Dia das Bruxas foi trazido para a América na 1840, por imigrantes irlandeses fugindo da escassez de comida do seu país. O costume de doce ou travessura não foi originado pelos celtas irlandeses, mas com um novo costume do século europeu chamado Souling. Em 2 de novembro, Dia de Todas as Almas, primeiros cristãos caminhavam de aldeia em aldeia pedindo "bolos de alma," pedaços quadrados compreendidos de pão com groselhas. Quanto mais bolos de alma os mendigos recebessem, quanto mais orações, eles prometiam dizer rezas em nome dos parentes mortos dos doadores. No momento, acreditava-se que o morto permanecia no limbo por um tempo depois de morte, e aquela oração, até por estranhos, dava passagem de uma alma para céu.
Os da vela na abóbora provavelmente vem de folclore irlandês. Como o conto é informado, um homem chamado Jack, que era notório como um bêbedo e malandro, enganara Satã ao subir uma árvore. Jack então esculpiu uma imagem de uma cruz no tronco da árvore, prendendo o diabo para cima a árvore. Jack fez um acordo com o diabo, se ele nunca mais o tentasse novamente, ele o deixaria árvore abaixo. De acordo com o conto de povo, depois de Jack morrer, ele a entrada dele foi negada no Céu, por causa de seus modos de malvado, mas ele teve acesso também negado ao Inferno, porque ele enganou o diabo. Ao invés, o diabo deu a ele uma brasa única para iluminar sua passagem para a escuridão frígida. A brasa era colocada dentro de um nabo para manter por mais tempo.
Os nabos na Irlanda eram usados como seu "lanternas do Jack" originalmente. Mas quando os imigrantes vieram para a América, eles acharam que as abóboras eram muito mais abundantes que nabos. Então os jack-e-Lanterna na América era em uma abóbora, iluminada com uma brasa. Então, o Dia das Bruxas foi adotado como favorito "feriado" . Cresceu fora das cerimônias de celtas celebrando um ano novo, e fora de cerimônias de oração Medievais de Européias.
Um Conto de Samhain
Lyla sentou-se no chão e olhou para o céu claro, limpo e estrelado. O reflexo da Lua cheia na água fez Lyla pensar numa pérola. Redonda e branca... mas logo as crianças chegaram, e sentaram ao seu redor, interrompendo seus pensamentos. Sorrindo, Lyla olhou para cada uma deles.
- 'Comecemos? Vou contar para vocês a estória de como o Cornudo se sacrifica todos os anos para garantir força à Grande Mãe, para que esta possa vencer o frio do Inverno. Estão prontos?' As crianças acalmaram-se para ouvir Lyla.
- 'Não foi a muito tempo que aconteceu. O Sol sumia no Oeste, e as aves noturnas já deixavam seus ninhos, umas ameaçando cantar. Debaixo das árvores, correndo para suas tocas, os pequenos animais apressavam-se, fugindo do frio cortante que se faria presente em pouco tempo. Aquela era a época do Cornudo, e só as criaturas mais fortes sobreviveriam a inverno tão rigoroso. O Sol baixou, baixou, até que só se via uma fina linha de separação entre céu e Terra no horizonte, e tudo ficou avermelhado, com um ar mais mágico. E então, a luz se foi. A Lua estava crescente no céu, e um vento gelado começou a correr por entre os troncos seculares das árvores. Ouve-se, agora, o som de uma flauta...som tão límpido e cristalino, que a superfície do lago, antes parada, tremulou ao som da melodia alegre.Todos os animais da floresta pararam para ouvir o som da flauta, e mesmo as aves noturnas cessaram seu canto orgulhoso. E por entre as árvores, a flauta se fez ouvida em toda a floresta. E mais nada, além do som doce da flauta.
Atravessando o lago, um pouco depois do Grande Carvalho, estava a fonte de tal encantamento. Sentado numa pedra coberta de limo, balançando ao som da flauta de bambu, um ser robusto, com tronco e cabeça de homem, pernas cobertas de pêlo, cascos de cavalo e grandes chifres pontiagudos.Observava a donzela que dançava ao som de sua música, logo à sua frente. Tinha longos cabelos claros, lisos, que escorriam até a altura da cintura. Os fios sedosos acompanhavam os movimentos da dança, pés habilidosos moviam-se descalços sobre a grama. A Deusa nunca havia estado tão bela quanto naquela noite.
Os dois brincavam nus, na noite fria da floresta, e alguns animais se juntavam ao redor da clareira. Cansada, a Donzela sentou-se, e olhando para o Cornudo, esperou que a música acabasse. Quando o Deus afastou a flauta de seus lábios, as figuras dos animais e da Donzela desapareceram ... meras lembranças. A Deusa agora recolhia-se grávida no Mundo Subterrâneo, guardada por seus familiares, pronta para dar à luz dentro de tão pouco tempo.
Era necessário que o Sol Novo nascesse. O Cornudo levantou-se com tristeza e caminhou até o lago, para observar seu reflexo. Já estava velho e fraco, mas ainda continha grande energia ... energia necessária para que a Deusa agüentasse o parto que se seguiria em menos de dois meses. Já não podia continuar a viver ... a Terra precisava de seu sangue, e o Sol Novo de sua energia.
Um grito ecoou em sua mente: a Deusa sofria. Aquele era o momento certo. O Cornudo olhou para os céus, e olhando para a mata, despediu-se de sua casa. Tambores rufaram quando Ele ergueu suas mãos e pronunciou as palavras secretas. Houve uma explosão, e Ele desapareceu.
Aqui, numa clareira nas montanhas, já distante da floresta, ouviam-se os tambores de guerra. Uma música rápida e repetitiva tornava o ar agressivo. Também com uma explosão, o cornudo surge no centro do círculo, um olhar decidido em seu rosto.
O Velho Cornudo tinha agora em suas mãos uma adaga ritual, e quando Ele a levantou apontada para seu peito os tambores cessaram. Cernunnos fechou os olhos, e o momento se fez silencioso ... aqueles segundos duraram milênios ... O Cornudo levou a adaga a seu peito, e os tambores voltaram a tocar.
Quando a lâmina fria rasgou a carne do Deus, não houve um grito, sequer um sussurro de dor ... apenas o som do sangue derramando-se sobre a terra. O Cornudo ajoelhou-se, com calma em seu olhar. Com as próprias mãos, abriu a ferida para que os espíritos recolhessem o sangue.
Quando o círculo tornou-se silencioso novamente, e todos os espíritos partiram, o Deus deitou e virou-se para as estrelas, e esperou que a paz voltasse a reinar sobre a floresta. Ainda sentia o sangue escorrendo para fora de seu corpo, e regando o círculo sagrado em que repousaria para sempre.
E do solo, ou talvez de lugares além das estrelas mais distantes, elevou-se um cântico, murmurado e pausado ... talvez fossem as pequenas criaturas do subsolo, ou ainda as estrelas, despedindo-se de seu Deus.
"Hoof and Horn, Hoof and HornAll that Dies Shall be Reborn.Corn and Grain, Corn and GrainAll that Falls Shall Rise Again."
O Cornudo morreu sorrindo, sabendo ser a semente de seu próprio renascimento. E Ele pode sentir sua energia retornando ao útero da Grande Mãe, que agora deixava de sofrer... Os espíritos, então, romperam a barreira entre os dois mundos, e caminharam por sobre a Terra, espalhando o sangue e a força do Deus, para que pudéssemos sobreviver através dos tempos difíceis que se aproximavam.'Lyla limpou uma lágrima que escorria de seu rosto. As crianças ainda ouviam atentas.
'É por isso que os espíritos vêm ao nosso mundo nessa noite tão escura ... Eles trazem consigo um pouco do sangue do Deus Cornudo, que só renascerá no Solstício de Inverno. Trazem conselhos, proteção e promessas de que nos irão guiar durante todo o período escuro do ano. Devemos, portanto, saudar os espíritos, porque, sem eles, a semente do renascimento não seria espalhada.
Agora vão para a Casa Grande, vamos começar o ritual.'Lyla deixou que as crianças corressem na frente em direção à Casa Grande. Parou no meio do caminho, e deixou que seus ouvidos escutassem os sons do além. E de algum lugar chegou aos ouvidos de Lyla um cântico... 'Hoof and Horn, Hoof and Horn...'E Lyla caminhou para a Casa Grande.
Alguns bruxos ainda insistem em comemorar a Roda do Ano pelo hemisfério Norte. Isso porém torna-se totalmente sem sentido, já que a Roda marca os ciclos da Natureza. Porém a escolha depende somente de você.